Mídia: Mistral gera prejuízo e constrangimento para França

© REUTERS / Stephane Mahe Navio classe Mistral
Navio classe Mistral - Sputnik Brasil
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A recusa da França de fornecer os navios da classe ‘Mistral’ à Rússia gerou um grande constrangimento a Paris e um prejuízo além do esperado para a economia do país. É o que escreve a publicação francesa Boulevard Voltaire.

Porta-helicópteros Mistral - Sputnik Brasil
Com Mistral sem sair do porto, França enfrenta maiores despesas
Além de pagar uma quantia milionária por conta rescisão do contrato sobre a construção e entrega dos dois porta-helicópteros Mistrais á Rússia, a França teve seu contrato de 18 bilhões de euros com a Índia sobre o compra de 126 caças franceses Dassault Rafale cancelado – acerto amplamente celebrado pela imprensa francesa. 

E quem fechou o acordo bilionário com a Índia sobre o fornecimento de caças foi a própria Rússia, que acertou a venda de 128 aviões de guerra de sua produção para a Índia. 

Lembramos que a empresa francesa DCNS/STX e a russa Rosoboronexport assinaram um contrato de 1,12 bilhão de euros em 2011 para a construção dos dois navios em França. Paris deveria ter entregado o primeiro navio, chamado Vladivostok, em novembro de 2014, mas não cumpriu o compromisso alegando a escalada do conflito na Ucrânia e uma suposta participação de Moscou no conflito. 

Porta-helicópteros Vladivostok, da classe Mistral - Sputnik Brasil
Mídia: Rússia pode lucrar com o contrato dos navios Mistral
Com isso, além do pagamento do montante total para a Rússia sobre a rescisão do contrato, a França terá que substituir equipamentos e eletrônica dos navios, desmantelar uma série de coisas, alterar a plataforma de aquecimento, um sistema de comunicação, interface de hardware e toda a documentação, que é toda escrita em cirílico, gerando altas despesas adicionais. 

Segundo a publicação Boulevard Voltaire, a culpa pelo desastre econômico e político da França é somente do governo de François Hollande, em particular, a sua política pró-Ucrânia e anti-russa, que já fez com que cerca de 500 empresas francesas perdessem a chance de trabalhar na produção dos aviões de combate.   

“Em última análise, o presidente Hollande e seu governo que age contra os interesses de seu país, permanecerá na história da França como uma ‘grande miragem’”, diz a revista.  

Parceiros ocidentais da França dizem que a entrega de navios para a Rússia prejudicaria seus esforços para isolar Moscou devido a sua suposta participação no conflito ucraniano. Moscou tem repetidamente negado isso e pediu fatos que nunca foram prestados. Em junho de 2014, o presidente dos EUA, Barack Obama forçou Paris para "fazer uma pausa" no negócio, assinado em 2011.  


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