Mesquita e cibercafé: Métodos que Estado Islâmico usa nos Bálcãs

© AP Photo / Radovan VujovicVeículo da polícia macedônia durante operação antiterrorista em Kumanovo, em 9 de maio de 2015.
Veículo da polícia macedônia durante operação antiterrorista em Kumanovo, em 9 de maio de 2015. - Sputnik Brasil
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O Estado Islâmico aproxima cada vez mais perto da Europa. Em vez de criar uma ampla coalizão com a participação dos exércitos sírio e iraquiano, curdos e países da região, a coalizão internacional liderada pelos EUA está politizando as operações anti-terroristas internas em alguns países. Desta vez na Macedônia.

A polícia macedônia realizou na quinta-feira uma operação antiterrorista batizada de "Gaiola". Como resultado, o tribunal penal de Skopje prendeu nove cidadãos da Macedônia. Eles estão suspeitos de participar da guerra na Síria e no Iraque nas fileiras do Estado Islâmico e também de recrutar os habitantes de seu país.

Ao mesmo tempo, o tribunal lançou uma ordem sobre a detenção de mais de 27 suspeitos. Vinte deles ainda estão na Síria, e a localização de 7 outros está desconhecida. 

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Entre os detidos está o imã das duas mesquitas da capital, Redzep Memishi. De acordo com as informações preliminares, ele é o líder da organização responsável pelos recrutamentos. Um dos detidos, o macedônio Stefan S (as fontes não divulgaram o seu nome completo), esteve várias vezes na Síria, combatendo, desde o momento em que tinha se convertido ao Islã.

Durante a operação policial foram revistadas 28 instalações em Skopje, Gostivar e outras cidades. Uma mesquita, um cibercafé e vários escritórios de organizações não governamentais ficaram sob suspeita de policiais.

A Comunidade Islâmica da Macedônia condenou "qualquer forma de terrorismo" e salientou que terrorismo em nome da religião é uma "peste negra".

O chefe da Comunidade Islâmica da Macedônia, Sulejman Redzepi, disse à Sputnik que nenhum dos nomes dos detidos diz-lhe nada. Ele também apontou que a Comunidade Islâmica da Macedônia sempre tinha uma atitude negativa a respeito do Estado Islâmico. Segundo ele, a operação policial não causará indignação dos muçulmanos da Macedônia, como operações semelhantes já foram realizadas em países vizinhos.

De acordo com o Ministério do Interior macedônio, cerca de 130 cidadãos deste país estão lutando ou lutaram do lado do EI na Síria. De acordo com oficiais, em Macedônia não há campos de treinamento de combatentes do EI e os recrutamentos ocorrem por meio de redes sociais.

Os muçulmanos constituem 33% da população desta antiga república jugoslava.

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