Nas suas palavras, o tema da regulação política na Ucrânia, nos moldes do processo de acordos de Minsk, encontra maiores dificuldades nas questões de estatuto especial da região de Donbass, reforma constitucional e eleições locais.
"Repito mais uma vez: em conformidade com os acordos de Minsk, tudo isso deve ser feito mediante consulta com os representantes de Donetsk e Lugansk. Para a nossa grande decepção, por enquanto, os contatos diretos sobre essas questões entre Kiev e Donetsk e Lugansk são claramente insuficientes" – declarou Lavrov em entrevista coletiva.
O ministro acrescentou que até agora não foi firmado um diálogo consistente no formato do grupo de contato sobre Ucrânia.
"Eu não quero acusar ninguém, mas os independentistas fizeram a sua parte, e agora as negociações do grupo empacaram por conta de certas oscilações por parte de representantes do governo ucraniano. No entanto, a nossa avaliação (…) é de que a situação é superável" – disse Lavrov.Na terça-feira, 4, o grupo de contato trilateral para a regulação da situação na Ucrânia, composto pela Rússia, Ucrânia e a Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), não conseguiu acordar, em Minsk, o texto sobre a retirada de armamentos de calibres inferiores a 100 mm da linha de separação de forças em Donbass.
Uma fonte ligada ao processo das negociações revelou à Sputnik que o documento foi vetado pela recusa de Kiev em retirar seus armamentos de quantos pontos da região, enquanto que as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk insistem na retirada de toda a linha do conflito.Desde meados de abril de 2013 a Ucrânia começou a realizar uma operação militar para atacar as forças independentistas no leste da Ucrânia. Estas não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev.
A operação militar continua apesar dos Acordos de Minsk alcançados entre as partes, que preveem a retirada de tropas, o cessar-fogo e a descentralização do poder. Segundo os últimos dados da ONU, mais de seis mil civis já foram vítimas mortais deste conflito.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)