Nova tragédia no Mediterrâneo expõe crise migratória na Europa

© flickr.com / Niklas-BGuarda costeira italiana resgata imigrantes à deriva no Mediterrâneo
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Sobreviventes de um naufrágio no mar Mediterrâneo chegaram à Sicília, na Itália, na quinta-feira (23) relatando a morte de, aproximadamente, 40 pessoas que estavam com elas em um barco que saiu da Líbia. A embarcação clandestina afundou na quarta-feira (22).

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Segundo os depoimentos dos sobreviventes, havia cerca de 120 pessoas no barco, que começou a naufragar logo após o início da viagem. O navio militar alemão Holstein conseguiu resgatar 80 dos fugitivos dos conflitos africanos e da instabilidade na Líbia.

A ONG Save The Childrean assistiu aos náufragos e destacou que eles relataram que havia muitas crianças e mulheres entre as vítimas. A mesma embarcação da Alemanha resgatou outros grupos de pessoas que se arriscam em atravessar o mediterrâneo em barcos precários. A distância entre a Líbia e a Itália é de apenas 100 km, o que encoraja as tentativas.

“Falamos com muitos deles e as versões são parecidas. Tenho na minha frente um garoto em lágrimas porque perdeu o irmão. As vítimas seriam todas originárias de países da África subsaariana", contou a porta-voz da Save The Childrean, Giovanna Di Benedetto.

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Na mesma quinta-feira, outras 888 viajavam perigosamente em dois barcos e um bote ao longo da costa líbia e acabaram socorridas. A Itália sistematicamente tem alertado para o aumento da migração ilegal africana pelo Mediterrâneo para o país.

No dia 1º de julho, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) divulgou um documento mostrando que o número de refugiados e imigrantes que chegaram à Europa entre janeiro e julho de 2015 cresceu 80% em relação ao mesmo período do ano anterior. A maioria deles teria atravessado o Mediterrâneo em direção à Itália e à Grécia.

O número de líbios que deixam o país por conta dos problemas internos aumentou significativamente após a OTAN liderar uma missão para destituir Muammar Khaddafi do poder. Isto provocou uma grave crise humanitária, social e política na Europa que recebeu 170 mil refugiados que partiram da Líbia somente em 2014, antes portanto do grande boom no fluxo de pessoas que atravessam o Mediterrâneo.

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