Obama: Estados Unidos não estão curados do racismo

© AP Photo / Susan WalshPresident Barack Obama
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu sobre a sombra da segregação que ainda paira sobre a sociedade norte-americana. Em entrevista divulgada nesta segunda-feira (22), ele disse que o país ainda não conseguiu superar a questão do racismo.

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Obama: "Este tipo de violência não acontece em outros países avançados"
“Não estamos curados do racismo”, afirmou Obama, em entrevista ao programa de rádio WTF with Marc Maron, transmitida hoje, dias depois do ataque a tiros a uma igreja frequentada por uma comunidade negra em Charleston, no estado da Carolina do Sul.

O autor confesso do ataque, um jovem branco de 21 anos, identificado como Dylann Roof, matou nove pessoas aparentemente por motivos raciais.

“Não é só uma questão de não dizer a palavra ‘negro’ em público porque é falta de educação. Não é isso que determina se existe ou não racismo”, disse Obama. “Não é só uma questão de discriminação patente. As sociedades não apagam por completo, de um dia para o outro, o que se passou 200 ou 300 anos antes. O legado da escravatura e a discriminação em quase todas as instituições das nossas vidas têm impacto duradouro e continuam a fazer parte do nosso DNA”, acrescentou o presidente.

Tal como afirmou nas primeiras declarações públicas após o tiroteio em Charleston, Obama voltou a insistir, na entrevista ao comediante Marc Maron, que é possível atuar sobre essas matérias, defendendo medidas “de bom senso” para o controle das armas nos Estados Unidos, para que tragédias deste tipo sejam “menos prováveis”.

Dylann Roof is pictured in this undated photo taken from his Facebook account. Roof is suspected of fatally shooting nine people at a historically black South Carolina church in Charleston on June 18, 2015 - Sputnik Brasil
Justiça dos EUA acusa formalmente o jovem responsável pela morte de nove pessoas em igreja
Detido horas depois do ataque, na quarta-feira (17) à noite, Dylann Roof foi formalmente acusado de nove crimes de homicídio e pode ser condenado à pena de morte. Ele confessou a autoria do crime, que aparentemente cometeu para iniciar uma “guerra racial”.

No tiroteio, morreram nove pessoas: três homens e seis mulheres, informou Agência Brasil.

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