Papa Francisco condena indústria bélica e pede perdão à Igreja Valdense

© REUTERS / Osservatore RomanoPapa Francisco visita um templo Valdense em Turim.
Papa Francisco visita um templo Valdense em Turim. - Sputnik Brasil
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O Papa Francisco falou duramente contra a indústria bélica no domingo (21), durante sua visita a Turim, na Itália. Ele afirmou que as pessoas que fabricam ou fazem investimentos em empresas de armas não podem se dizer cristãos.

“Isso me faz pensar em pessoas, gestores e empresários que se dizem cristãos e fabricam armas. Isso leva a um tanto de desconfiança, não é? A duplicidade é moeda corrente atualmente. Eles dizem uma coisa e fazem outra”, discursou de improviso a milhares de jovens o líder da Igreja Católica, após dispensar o texto que havia elaborado previamente.

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Embora sem usar o termo genocídio, Papa Francisco não fugiu de comentar o que chamou de “grande tragédia da Armênia”. Em abril, ele havia dito que o massacre de 1,5 milhão de armênios foi “o primeiro genocídio do século XX”. A afirmação levou a Turquia a chamar de volta seu embaixador no Vaticano.

Já nesta segunda-feira (22), seu último dia de viagem a Turim, o Pontífice foi ao templo Valdense e, recebido por três pastores, pediu perdão àquela comunidade. “Por parte da Igreja Católica, eu lhes peço perdão pelas atitudes e os comportamentos não cristãos, até mesmo não humanos que, na história, tivemos contra vocês. Em nome do Senhor Jesus Cristo, perdoem-nos!”

A Igreja Valdense foi formada a partir de seguidores do francês Pedro Valdo, que, por volta de 1174, encomendou a tradução da Bíblia para uma linguagem popular iniciando um movimento que negava o papado de Roma. Eles foram perseguidos pela Igreja Católica e pela Reforma Protestante, à qual se juntaram posteriormente.

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