Ministro argentino elogia presença da América Latina no Fórum Econômico de São Petersburgo

© Sputnik / Igor Russak / Acessar o banco de imagensAxel Kicillof, ministro da Economia da Argentina.
Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina. - Sputnik Brasil
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O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, contou em entrevista exclusiva à Sputnik suas impressões sobre a participação, nesta sexta-feira, da mesa “América Latina: Globalização e novo polo regional econômico”, no âmbito do 19º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.

Participantes do XIXº Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo no recinto do complexo de exposições Lenexpo - Sputnik Brasil
Inauguração do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo
O encontro reúne entre os dias 18 e 20 de junho chefes de Estado e governo, líderes políticos, diretores das maiores companhias mundiais e especialistas de 114 países, além de autoridades russas.

Kicillof elogiou a numerosa participação de empresários e representantes de governos de países da América Latina na edição deste ano e destacou as enormes perspectivas de uma parceria estratégica global entre Rússia e Argentina.

"A mesa redonda de negócios foi muito interessante. Os organizadores me disseram que no ano passado o Fórum Econômico de São Petersburgo também teve uma sessão dedicada à América latina, mas que este ano a quantidade de participantes foi "explosiva". E realmente, do ponto de vista de qualidade, quantidade de visitantes e interesse de empreendedores da América Latina, isso significa um grande avanço nas relações russo-latino-americanas. Portanto estou muito satisfeito" – disse o ministro.

Falando em cooperação entre Rússia e Argentina, Kicillof destacou que os dois países já cooperam em muitas áreas, e que o presidente da Rússia Vladimir Putin e a presidente da Argentina Cristina Kirchner já perceberam a existência um "campo fértil" para trabalho conjunto.

"Decidiu-se criar um quadro jurídico-administrativo que abrirá caminho para relações já existentes. Portanto, foi preciso evoluir a nossa cooperação para uma parceria estratégica global, ou seja, para um longo prazo, já que o crescimento de investimentos e comércio entre as nossas economias merecia esse passo tão importante" – explicou Kicillof.

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"Nós somos um grande produtor de alimentos de nível internacional, fazemos uso de altas tecnologias. Acredito que a possibilidade de exportar produtos alimentícios para o mercado russo seja um momento positivo, que amplia as possibilidades de diversas empresas e setores da Argentina, alguns dos quais chegaram ao mercado não faz muito tempo: produtos lácteos, vinhos finos, etc. Da mesma forma, as tecnologias russas são muito necessárias à economia argentina. Ao mesmo tempo, apesar de ambos os países serem produtores de hidrocarbonetos, petróleo e gás, esse setor também carece de complementação mútua do ponto de vista de investimentos, exploração e extração. A nossa empresa petrolífera YPF desenvolve ativamente relações tanto com empresas particulares quando com empresas estatais russas, de maneira a permitir que a experiência russa na área de hidrocarbonetos tradicionais e não tradicionais, bem como o capital russo, pudessem ter uma influência direta sobre o enorme potencial de campos de petróleo e gás argentinos" – concluiu Axel Kicillof.

Cristina Kirchner e o presidente russo, Vladimir Putin, se reuniram no Kremlin no dia 23 de abril, quando assinaram acordos bilaterais e formalizaram uma parceria estratégica. Os dois países celebraram contratos sobre a construção de uma usina nuclear da empresa russa Rosatom na Argentina; um memorando de cooperação entre a petroleira russa Gazprom e a companhia nacional de petróleo da Argentina YPF; o programa de cooperação no domínio da cultura e da arte entre os ministérios da Cultura da Rússia e da Argentina no período 2016– 2018, entre outros documentos nas áreas da agricultura, defesa, meio-ambiente, comunicações e cooperação comercial.

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