Em entrevista à imprensa estrangeira, por telefone, Haradinaj disse que o incidente ocorreu durante uma escala na capital eslovena, quando voltava da Alemanha para Pristina.
"Eu estava em trânsito, a checagem dos meus documentos estava demorando muito e, quando eu perguntei o que estava acontecendo, me disseram que tinham um mandado de prisão pra mim que ainda estava válido" disse o político, se referindo a um documento da Interpol emitido pela Sérvia em 2006, dois anos antes de ser julgado inocente pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPIJ), em Haia.
"Agora eles querem que eu apareça diante de uma corte eslovena para esclarecer isso. Por que eu apareceria em uma corte aqui? Foram eles que criaram essa confusão", questionou o líder da Aliança para o Futuro do Kosovo.
Ao saber da situação, o atual governo kosovar demonstrou preocupação com o fato de alguns mandados de prisão contra o ex-premier ainda serem válidos em determinados países, mesmo após "sua inocência ter sido provada pela justiça internacional".
Nomeado primeiro-ministro do Kosovo em dezembro de 2004, Haradinaj renunciou pouco mais de três meses depois para responder às acusações que pesavam contra ele, de ter cometido crimes de guerra contra civis sérvios durante os conflitos de 1998 e 1999. Absolvido em 2008, foi julgado outra vez em Haia dois anos depois, e absolvido novamente em 2012.
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