Putin: “O G7 não é uma organização”

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Putin e Renzi na Expo 2015 - Sputnik Brasil
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Nesta quarta-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que está de visita na Itália, inaugurou o Dia da Rússia na Expo 2015. O líder russo encontrou-se com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e visitou os pavilhões da Rússia e da Itália. Depois, os dois líderes concederam uma entrevista coletiva aos jornalistas internacionais.

O líder russo e o chefe do governo italiano debateram uma série de questões importantes da agenda internacional. Entre os temas principais, constam as relações dentro do G7, G20, BRICS, problemas do terrorismo internacional e as consequências da "guerra das sanções".

A visita de Putin à Itália acontece dois dias depois da cúpula alemã dos "sete grandes" (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão, Reino Unido) e do Fórum Parlamentar dos BRICS, que teve lugar em Moscou. Dentro de um mês, começará em Ufá, na Rússia, a cúpula presidencial dos BRICS. Neste contexto, o encontro russo-italiano ganha importância, já que a Itália não apoia oficialmente as sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia.

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Vladimir Putin e Matteo Renzi na Expo 2015 - Sputnik Brasil
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As sanções prejudicam intercâmbio comercial entre a Rússia e a Itália, disse Putin, respondendo a uma pergunta na entrevista coletiva. É de notar que a Itália não apoia abertamente as sanções europeias, porém tem que sofrer as suas consequências. Segundo o presidente russo, as empresas italianas perderam cerca de um bilhão de euros em resultado das sanções.

A opção da possível revogação das sanções antirrussas não foi discutida entre os políticos. Antes, na cerimônia de encerramento da cúpula do G7 na segunda-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, tinha ressaltado que as sanções irão vigorar até que a Rússia mude a sua posição em relação à Ucrânia.

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No entanto, o presidente russo apelou aos europeus a "não abdicar da cooperação bilateral", sublinhando que "a Rússia sempre encontrará parceiros".

G7

O G7 foi a principal manchete da semana passada na mídia europeia. Não tinha como evitar este assunto no encontro de hoje. Putin comentou a sua atitude para com este bloco internacional dizendo que os parceiros do G7 acreditam que pontos de vista alternativos não são bem-vindos:

"Nós não temos nenhuma relação com o G7. Quando fizemos parte [desse grupo], mantivemos relações. Eu acreditava que isso tinha sentido, porque nós representávamos um ponto de vista alternativo. Mas os nossos parceiros acreditaram que não precisavam disso".

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Ainda qualificou o próprio G7 como "um clube, não uma organização".

Ucrânia

Comentando o assunto do conflito na Ucrânia, Matteo Renzi insistiu que os Acordos de Minsk devem ser respeitados:

"Nós compartilhamos o princípio universal. É assim: os Acordos de Minsk-2 são uma orientação, um meio auxiliar no trabalho de regulação da situação na Ucrânia".

"Todas as pessoas de boa vontade trabalham para implementar integramente os Acordos de Minsk e permitir pôr fim à crise no território da Ucrânia", disse o primeiro-ministro italiano.

Putin concordou com esta posição, mas sublinhou que as partes só cumprem os Acordos de Minsk "de uma maneira seletiva".

Agenda

Agora, o presidente russo irá viajar de Milão para a capital italiana, onde terá um encontro com o seu colega Sergio Mattarella e com o Papa Francisco.

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