Cúpula do G7: discussões em meio a protestos de rua

© REUTERS / Fabrizio BenschBalões com rostos de líderes dos países-membros do G7 perto da catedral de Frauenkirche, Dresde, em 27 de maio, dia da cúpula dos ministros das Finanças e chefes dos Bancos Centrais dos G7.
Balões com rostos de líderes dos países-membros do G7 perto da catedral de Frauenkirche, Dresde, em 27 de maio, dia da cúpula dos ministros das Finanças e chefes dos Bancos Centrais dos G7. - Sputnik Brasil
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Na cidade alemã de Elmau começou a cimeira do grupo G7, na qual os líderes mundiais discutirão hoje e amanhã os problemas da economia global, as sanções antirrussas, bem como a crise na Ucrânia.

Segundo a mídia norte-americana, o presidente dos EUA, Barack Obama, deverá persuadir os aliados continuar a política de sanções contra Moscou.

Um ano após Obama ter pressionado os seus aliados a começar a política de sanções contra a Rússia, ele deve mais uma vez apresentar razões para continuar esta política. No entanto, Obama desta vez enfrenta sérias dificuldades porque a eficácia das medidas ocidentais continua em questão, opina o jornal The New York Times.

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Segundo a publicação, a tarefa principal de Obama será o fortalecimento de determinação dos líderes europeus, que no final deste mês discutirão a extensão das sanções contra a Rússia. O presidente dos EUA quer que a UE não só mantenha as medidas restritivas como as aumente caso a Rússia "aumente a agressão" na Ucrânia.

O grupo G7 também deve discutir o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico, especialmente tendo em conta que, durante a conferência realizada na semana passada em Paris, a coalizão liderada pelos EUA falhou em alcançar um avanço nesta questão.

Obama também pretende obter suporte sólido para o livre comércio entre a UE e os Estados Unidos. Esta é mais uma iniciativa que intensifica os protestos nos EUA bem como nos países aliados.

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Enquanto isso, na cidade alemã de Garmisch-Partenkirchen a ação do protesto contra a cúpula do G7 resultou em confrontos entre manifestantes e polícia, durante o qual as partes utilizaram gás lacrimogêneo.

Anticapitalistas, antiglobalistas e ambientalistas, bem como membros de outras organizações não-governamentais, querem que os líderes mundiais ouçam as suas opiniões. Os manifestantes carregam faixas dizendo “Luta G7 para a Revolução” (Fight G7 for Revolution) e “G7 vai para o inferno! Eu gosto de Putin” (G7 go to hell! I like Putin).

Segundo disse um dos manifestantes, "na cúpula do G7 as decisões políticas são tomadas nos interesses do capital transnacional. Eles falam sobre a guerra, sobre os OGM [Organismos Geneticamente Modificados], sobre a parceria transatlântica. As suas decisões não beneficiam as pessoas, mas apenas eles próprios e os proprietários do grande capital”.

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O chefe do Conselho Europeu, Donald Tusk, declarou que todos os membros do G7 gostariam de ver a Rússia na cúpula, quer dizer, eles gostariam de retornar ao formato do G8. A declaração foi feita na coletiva de imprensa antes da cúpula na Alemanha:

"Todos gostariam de ver a Rússia na mesa de negociações do G7, quer dizer, do G8. Mas o nosso grupo é não só um clube de interesses políticos ou econômicos, primeiramente é uma sociedade de valores, e por isso a Rússia não está aqui hoje e não será convidada até deixar de agir de forma agressiva em relação à Ucrânia e aos outros países."

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