Escolas tchecas usarão jogo de computador para ensinar história da Segunda Guerra Mundial

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Jogos de Computador sobre Segunda Guerra Mundial - Sputnik Brasil
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A história da Segunda Guerra Mundial será ensinada de uma maneira diferente nas escolas da República Tcheca. Educadores usarão um jogo de computador para fazer com que os estudantes explorem por conta própria os acontecimentos do período da ocupação na Tchecoslováquia.

Recriando os acontecimentos históricos e simulando fatos reais, professores usarão games virtuais para que os próprios alunos descubram o que aconteceu naqueles períodos trágicos para tanta gente. A ideia é romper com tabus e evitar tocar em assuntos delicados, fazendo com que os próprios alunos façam as suas investigações. 

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O jogo recria o seguinte contexto: em uma das casas de Praga durante a noite surgem representantes da Gestapo e levam o marido de Liudmila Ielinkova. Ela se encontra com ele novamente apenas após a guerra, quando ele volta do campo de concentração. 

O que realmente aconteceu, Liudmila não sabe e, possivelmente, já não quer mais saber.  Para a sua neta isso é, no entanto, interessante, e ela começa a examinar velhas caixas, entrevistar testemunhas sobre os acontecimentos do tempo do protetorado. 

Nem Liudmila e nem o seu marido existem na realidade e nunca existiram. Mas isso não quer dizer que tais casos não aconteceram, e justamente investigações deste tipo serão realizadas por alunos do ensino médio, cujos professores decidiram usar nas aulas o jogo de computador “Tchecoslováquia 38-39”. A informação é da publicação tcheca “Hospodářské noviny”. 

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A sociedade tcheca se relaciona de forma muito delicada com os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, praticamente cada família, de uma forma ou de outra, lidou com tais eventos. Muitas vezes, os professores em escolas põem essas questões de lado, pois podem estar relacionadas com experiências pessoais.

Para que os alunos descubram o destino das vítimas do regime de ocupação eles vão fazer perguntas necessárias em simulações dos acontecimentos históricos. Apesar do jogo se desenvolver de acordo com as perguntas feitas pelos alunos, os fatos históricos não estão sujeitos a distorção. Não há nenhuma chance de se ter um ponto de vista alternativo sobre a história. 

No jogo, os estudantes acompanham a vida de pessoas comuns. 

"Essas pessoas vivem uma vida normal, e de repente se tornam parte da história. A história não é apenas sobre uma personalidade marcante, é sobre todas as pessoas", explica o historiador e co-autor do projeto Yaroslav Cuhra.

Todos os personagens são fictícios, mas os autores partiram de eventos reais para criar o jogo. Cada um dos personagens da simulação oferece a sua versão dos acontecimentos, e os alunos terão de ser determinados quanto à veracidade de suas palavras. Segundo os criadores do projeto, isto deve ajudar a desenvolver o pensamento crítico.

A essência do uso de jogos na educação não é colocar o aluno apenas para jogar, mas que as medidas tomadas por eles sejam discutidas na classe. Assim, o professor se torna um assistente de passagem, e um dos alunos irá controlar diretamente os personagens, enquanto os outros vão participar nas ações com dicas e sugestões.

 

 

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