Pequim defende suas ações no mar do Sul da China e alerta os EUA a parar com provocações

© AFP 2023 / RITCHIE B. TONGOForças navais da China nas ilhas Spratly
Forças navais da China nas ilhas Spratly - Sputnik Brasil
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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, afirmou em entrevista coletiva na quarta-feira (27) que a construção pelo país de ilhas artificiais no mar do Sul da China são legais, não infringindo, portanto, o direito internacional. Ele também pediu aos EUA para se absterem de declarações provocativas.

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O assessor criticou as tentativas de alguns países de elevar a tensão na região e prejudicar a imagem da China, afim de encobrir sua ocupação ilegal do território chinês. Hua também afirmou que a liberdade de navegação não deve ser tomada como desculpa para alguns países ferirem a soberania de outros. Ele se referia as atividades de vigilância dos EUA na região.

Hua Chunying voltou a afirmar que as atividades da aviação norte-americana sobre o mar do Sul da China são altamente perigosas e suscetíveis a incidentes indesejáveis. Ele pediu que os EUA contribuam para a paz e a estabilidade na região e que parem com atos irresponsáveis.

Pequim considera a maior parte do mar do Sul da China como seu território, mas Brunei, Malásia, Taiwan, Filipinas e Vietnã fizeram reivindicações sobre uma região do oceano Pacífico. O governo chinês tem repetidamente advertido os EUA a não se envolverem na disputa territorial porque Washington não é uma parte na questão.

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Na quarta-feira (27), o secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter, disse que “as ações da China demandam um crescente envolvimento norte-americano na região da Ásia-Pacífico, e vamos enfrentá-lo”.

A guerra de palavras entre Pequim e Washington se intensificou após um incidente na semana passada, quando uma aeronave de vigilância norte-americana P-8A Poseidon sobrevoou as ilhas Spratly, apesar das advertências da China para deixar o espaço aéreo sobre o arquipélago.

Em 22 de maio, o Departamento de Estado dos EUA rejeitou as exigências de Pequim de que aviões de vigilância US parem de sobrevoar o território disputado no mar do Sul da China, uma das regiões mais importantes para sua estratégia militar.

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Ao longo dos últimos meses, a China tem construído ilhas artificiais e recifes de corais na região. Alarmados por estes desenvolvimentos, os EUA vêm apelando repetidamente às autoridades chinesas para suspender o projeto que Pequim defende como um esforço pacífico e legal e universalmente benéfico.

Carter reiterou o sentimento em um discurso na base militar de Pearl Harbor, no Havaí, pedindo uma “suspensão imediata e duradoura para a recuperação de terras por qualquer reclamante”. Hua Chunying respondeu: “Nós temos nosso próprio julgamento e ninguém tem o direito de dizer a China o que fazer”.

A agência de notícias Xinjua chamado declarações de Carter “não só injustificada, mas também prejudicial para a paz regional e a estabilidade” em um editorial publicado nesta quinta-feira (28). “Claramente, os EUA queriam jogar as atividades de construção da China e retratar o país como uma ameaça à estabilidade regional, em um movimento perigoso e irresponsável que pode levar a erros de cálculo e incidentes indesejáveis”, acrescentou a agência de notícias chinesa.

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