Porta-voz de Putin: não há militares russos em Donbass

© AP Photo / Maxim ShemetovDmitry Peskov
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O assessor do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, declarou que militares russos não estão, nem nunca estiveram, em Donbass, e acrescentou que a suposta detenção de soldados russos na região precisa ser averiguada junto ao ministério da Defesa russo, e não ao Kremlin.

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Na véspera, a imprensa divulgou a notícia da prisão de um grupo de militares russos na região ucraniana de Donbass, que teriam se identificado como soldados contratados de uma divisão de operações especiais do exército russo.

"É claro que eu não posso confirmar isso, já que não é a nós [Kremlin] que esse tipo de pergunta deve ser feita. Tanto nós, quanto o ministério da Defesa, já dissemos diversas vezes que não existem quaisquer militares russos em Donbass" – disse Peskov em entrevista coletiva.

"Não posso comentar esses materiais e acredito que, no caso específico, seria melhor se isso fosse feito por especialistas ou pelo nosso ministério da Defesa – avaliar a verossimilhança desses materiais" – acrescentou Peskov.

Respondendo à pergunta de jornalistas sobre a necessidade dessa questão ser investigada pela presidência russa, Peskov respondeu:

"Do ponto de vista da administração do presidente – não. Não é um tema que cabe à administração do presidente. No caso específico, essa pergunta não deve ser endereçada à nós".

O porta-voz de Putin destacou ainda que militares russos não estão presentes e nunca estiveram em Donbass.

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Kiev está realizando, desde meados de abril, uma operação militar para reprimir os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas, chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de seis mil civis já foram vítimas deste conflito.

Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave (tendo em conta as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas), e também a aceitação de uma legislação sobre o estatuto de Donetsk e Lugansk.

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