Obama manterá sanções contra quem “ameaça a estabilidade” no Iêmen

© REUTERS / Kevin LamarqueUS President Barack Obama
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De acordo com as declarações do presidente dos EUA, Barack Obama, o Ministério das Finanças norte-americano poderá congelar todos os ativos que estão sob a jurisdição dos EUA e que, segundo Washington, impedem o processo de paz no Iêmen.

A declaração de Obama estende a Ordem Executiva que ele emitiu em 16 de maio de 2012 para lidar com a ameaça representada pelas ações e políticas de membros do governo do Iêmen e outros.

Na quarta-feira, 13 de maio, Barack Obama assinou um decreto que prorroga o período de sanções aplicadas a todos que, de acordo com Washington, “ameaçam a paz, segurança e estabilidade no Iêmen”. O aviso correspondente foi enviado ao Congresso dos Estados Unidos.

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O decreto permite ao Ministério das Finanças congelar qualquer ativo que esteja sob a jurisdição de Washington que, segundo governo, possa entravar a pacificação do Iêmen.

“As ações e medidas dos membros do governo iemenita e de pessoas que ameaçam a paz, segurança e estabilidade no país, continuam apresentando ameaça extrema à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos. […] Eu estendo por um ano o estado de emergência nacional declarado na Ordem Executiva 13611”, lê-se no documento.

Algumas das medidas mencionadas incluem obstruir a implementação do acordo de 23 de novembro de 2011 entre o governo do Iêmen e a oposição do país para uma transição pacífica de poder.

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Desde agosto de 2014, os rebeldes xiitas houthis protestam contra o governo do presidente iemenita Hadi, que agora já fugiu o país. Os EUA e os aliados classificam os acontecimentos no país como um golpe do Estado e estavam prontos para fazer tudo para retornar Hadi ao poder (não tendo em conta o fato de que o seu mandato já acabou).

Uma coalizão de países árabes lideradas pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA lançaram a operação Tempestade Decisiva (Decisive Storm) em finais de março e começaram a bombardear posições houthis no Iêmen. No dia 21 de abril a coalizão anunciou uma mudança da tática da sua intervenção no Iêmen. Dois dias depois começou a operação chamada Restaurando a Esperança.

Terça-feira de noite começou o cessar-fogo de cinco dias entre a Arábia Saudita, seus aliados e o Iêmen. O cessar fogo foi organizado para permitir o trabalho de organizações humanitárias no Iêmen, bem como a evacuação de civis das áreas mais violentas do conflito. Apesar disso, durante toda a terça-feira, as forças da coalizão atacaram com fogo de artilharia os subúrbios da capital iemenita. Segundo informações disponíveis, mais de 70 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas.

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