EUA enviam quase 300 militares à América Central sem explicar detalhes

© AFP 2023 / ORLANDO SIERRAFuzileiros navais dos EUA na base de Soto Cano em 2000
Fuzileiros navais dos EUA na base de Soto Cano em 2000 - Sputnik Brasil
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Os EUA vão enviar 200 fuzileiros navais a Honduras entre junho e novembro deste ano. Segundo a versão oficial, a tarefa das tropas norte-americanas será ajudar em caso de furacões. Contudo, a medida parece exagerada.

O envio de tropas estadunidenses ao país centro-americano foi confirmado pelo Pentágono no domingo (11), logo depois de a autarquia anunciar a missão de ajuda ao Nepal (Sahayogi Haat, Mão de Ajuda, em nepalês).

"Cerca de 200 fuzileiros navais irão se deslocar para Honduras no período entre junho e Novembro, que coincide com a temporada dos furacões, para, no dito período, poderem ser chamados a lidar com as consequências dos temporais na região", disse o coronel Steve Warren, porta-voz do departamento da Defesa dos EUA.

Warren frisou ainda que a autarquia "consultou o departamento de Estado e o embaixador dos EUA relativamente a cada passo, obtendo a sua aprovação, assim como a do governo de Honduras".

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A missão dos marines norte-americanos será, pois, algo semelhante a umas férias prolongadas. Além da ajuda — eventual — em caso de furacões, eles terão que construir escolas e vias públicas.

Os Estados Unidos tinham anunciado a ampliação do seu contingente militar em Honduras em abril, naquela altura falava-se em 250 fuzileiros navais.

Os fuzileiros navais irão ficar na base hondurenha de Soto Cano, também chamada de Palmerola. A base já hospeda cerca de 500 soldados norte-americanos, segundo diferentes fontes.

Outros 90 marines serão enviados à Guatemala, El Salvador e Belize.

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Dada a falta de informações concretas sobre este envio (que ainda carece de codinome oficial), têm sido feitas algumas especulações. Alguns especialistas acreditam que se trata de uma tentativa dos EUA de subjugar, através da demonstração da força, as forças políticas locais frente a uma possível ampliação da influência russa na região.

Muitos observadores lembram o apoio ativo prestado pelos Estados Unidos aos "contras" nicaraguenses, precisamente a partir da base de Palmerola. A base foi também um elemento-chave do golpe de Estado contra o então presidente Manuel Zelaya, em 2009.

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