Kerry: Poroshenko precisa pensar duas vezes antes de usar a força em Donbass

© REUTERS / Joshua RobertsJohn Kerry, secretário de Estado americano (EUA)
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Após uma sessão de seis horas de conversas com o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o secretário de Estado americano, John Kerry, reforçou que qualquer esforço ucraniano para tomar a força o aeroporto de Donetsk constituiria uma violação dos acordos de Minsk.

Na última segunda-feira, o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, prometeu retomar o aeroporto de Donetsk por qualquer meio necessário, mesmo que sua medida constituísse uma violação aos acordos de Minsk para afastar armamentos pesados da linha de frente.

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"Não tenho dúvida", disse Poroshenko durante a estreia do documentário "Airport", que "iremos libertar o aeroporto porque é nosso território. E vamos reconstruir o aeroporto", concluiu.

Não é a primeira vez que Poroshenko usa retórica agressiva. Em abril, ele insistiu em dizer que só haveria paz na Ucrânia sob certas condições. "A guerra vai terminar quando a Ucrânia retomar Donbass e a Crimeia", afirmou em uma entrevista ao canal STB.

Indagado sobre as afirmações de Poroshenko nesta terça-feira, em entrevista coletiva, Kerry ressaltou que qualquer ação do tipo iria violar o que foi acordado durante o pacto de Minsk e não teria apoio de Washington.

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"O que é importante é garantir que ambos lados estejam dando passos adiante na implementação integral dos acordos de Minsk", disse Kerry, que pediu a Poroshenko que honrasse o cessar-fogo.

As conversas desta terça-feira abordaram vários temas de interesse global e, embora EUA e Rússia mantenham certas diferenças, os dois países concordaram em um número de tópicos. Um deles é a negociação do grupo P5+1 com o Irã. Kerry afirmou que "união" vem sendo um elemento chave durante as conversas e será essencial nas seis semanas restantes até o prazo final para que seja assinado um acordo.

Os dois países também concordaram na importância da luta contra o Estado Islâmico e reconheceram o papel desestabilizador da Síria na ascensão do grupo terrorista. Ambos admitem que encontrar uma solução pacífica para o conflito sírio será crucial.

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