Médico australiano troca seus hábitos ruins pelo Estado Islâmico

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O Estado Islâmico (EI) divulgou um vídeo de propaganda, onde um médico australiano convoca outros profissionais da área de saúde a juntar-se aos terroristas. Os colegas dele ficaram muito surpreendidos quando souberam de seu novo estilo de vida.

No vídeo, o médico, que diz ser Abu Yusuf, conta como viajou para a cidade síria de Raqqa e usou seus conhecimentos ao serviço do EI. Entretanto, a mídia local o identificou como Tareq Kamleh, um australiano de origem árabe que terminou a faculdade de medicina na Universidade de Adelaide. A mídia também relata que Kamleh nasceu em uma família de mãe católica e pai muçulmano, embora os pais não tivessem imposto a sua escolha de religião.

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De acordo com os colegas do médico, ele é um ótimo especialista, mas antes de sua viagem bebia muito, gostava de festas e “sempre enganou sua namorada”. Em poucos dias em 2013 ele decidiu interpretar à sua maneira a religião de seus pais e se juntou ao EI, informa o jornal The Sydney Morning Herald. Os colegas também contam que Kamleh parou de beber álcool, passou a se abster de sexo, deixou crescer a barba e se afastou dos amigos.

As autoridades australianas mostraram sua profunda preocupação com este caso. A ministra das Relações Exteriores, Julie Bishop, criticou como "vil" o vídeo de propaganda com Kamleh.

“É claro que é uma tentativa vil do EI de tentar seduzir os australianos e outros a colocar-se em risco", disse Bishop à ABC Radio.

Hussam Shoeib, especialista em Assuntos de Organizações Islâmicas opina que "o EI conseguiu recrutar muçulmanos  de todo o mundo, apoiá-los com dinheiro e tornar o seu grande sonho [criação de um califado global] realidade".

Só a União Europeia (UE) estima que entre 5 mil e 6 mil europeus tenham ido para a Síria para se juntar a grupos islâmicos. A maioria dos europeus que se juntou ao Estado islâmico é proveniente da França, com 1.450 pessoas.

Em março, os setores de inteligência do governo brasileiro detetaram tentativas de cooptação de jovens no país pelo Estado Islâmico para atuar como "lobos solitários" — extremistas que, por não integrarem as listas internacionais de terroristas, têm mais mobilidade e são capazes de fazer atentados isolados e imprevisíveis em diferentes países.

Em abril o primeiro vice-diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), Sergei Smirnov, informou que o Estado Islâmico tem tentado recrutar militantes no Norte do Cáucaso. Ainda de acordo com o vice-diretor do FSB, os dados da agência russa indicam que cerca de 1.700 pessoas na Rússia podem estar envolvidas nas atividades do Estado Islâmico.

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