Papa e governo italiano se unem para pedir que UE dê assistência na questão dos migrantes

© REUTERS / Alessandro BianchiImigrantes esperam assistência em frente à enfermaria do centro de imigração no sul da Itália, ilha de Lampedusa.
Imigrantes esperam assistência em frente à enfermaria do centro de imigração no sul da Itália, ilha de Lampedusa. - Sputnik Brasil
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O presidente da Itália e o Papa Francisco se uniram para pressionar a União Europeia (UE) a ajudar mais o país devido ao crescente número de imigrantes que chegam ao país pela costa do Mediterrâneo, especialmente nos últimos dias, em barcos de contrabandistas para fugir das guerras perseguição e pobreza na Síria, Líbia e países da África.

Com sua grande popularidade e preocupação com questões sociais, a autoridade moral do Papa dá força ao pedido do presidente da Itália, Sergio Mattarella, para que a UE ajude mais o país a lidar com a questão. Desde o início de 2014, cerca de 200 mil pessoas foram resgatadas do mar pela Itália. A onda de migração da última semana, que registrou a chegada de mais de 10 mil migrantes, fez que com cidades da região da Sicília ficassem sem vagas em locais de abrigo.

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"Eu expresso minha gratidão pelo esforço que a Itália está fazendo para receber os muitos migrantes, que, arriscando suas vidas, pedem para serem resgatados", disse o Papa Francisco ao presidente da Itália. "É evidente que as proporções desse fenômeno requerem um envolvimento muito maior", comentou.

O governo da Itália afirma que irá continuar resgatando os migrantes abandonados no mar por contrabandistas, mas pede que a UE dê mais assistência no resgate e abrigo das pessoas.

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"Há tempos a Itália pede que a UE faça uma intervenção decisiva para dar um fim à contínua perda de vidas no Mediterrâneo, o berço da nossa civilização", disse Mattarella. 

O comissário da UE para Migração, Dmitris Avramopoulos, afirmou que uma nova política será apresentada em maio. Enquanto isso, ele pediu para os estados membros do bloco ajudarem a lidar com a crise. 

Neste sábado, um navio chegou ao porto de Messina, na Sicília, com mais de 450 migrantes, incluindo 50 menores de idades da Etiópia, Eritreia e Síria. A polícia prendeu dois suspeitos de contrabando.

Fonte: Estadão Conteúdo

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