"As autoridades de Kiev estão forjando a sua identidade histórica, citando abertamente o neonazismo como uma inspiração. A Ucrânia parece ser o único país da Europa a fazer isso de forma descarada, sem ter vergonha de seu passado detestável."
Ainda de acordo com Mateusz Piskorski, diretor do Centro Europeu para Análises Geopolíticas, declarações feitas por políticos e membros do Parlamento ucraniano provam que a tendência é oficial. Em entrevista à agência de notícias RIA Novosti, ele disse que o "neonazismo está se tornando uma nova ideologia de Estado na Ucrânia" e destacou que nenhuma outra ideologia destila tanto ódio e veneno para as nações vizinhas, nomeadamente os russos e os poloneses, mas também os judeus e os armênios.
"Kiev tornou-se a primeira capital europeia a glorificar abertamente uma ideologia criminosa".
Na quinta-feira (9), o Parlamento ucraniano aprovou uma lei que reconhece como um “combatente da liberdade” qualquer pessoa que tenha lutado pela independência da Ucrânia entre novembro de 1917 e 24 de agosto de 1991. Independente de terem feito parte de grupos formais, informais, subterrâneos, militares ou guerrilheiros, essas pessoas passam a ter direito a benefícios sociais ao abrigo da nova lei.
Entre as organizações abrangidas pela controversa legislação estão o Exército Insurgente Ucraniano e a Organização dos Nacionalistas Ucranianos, que colaboraram com a Alemanha nazista e são responsáveis por inúmeras atrocidades.