Moscou: opinião de Kiev sobre o Dia da Vitória na Rússia é “blasfema, cínica e descarada”

© AP Photo / Osamu HondaKonstantin Dolgov, comissário da chancelaria russa para Direitos Humanos, Democracia e Estado de Direito
Konstantin Dolgov, comissário da chancelaria russa para Direitos Humanos, Democracia e Estado de Direito - Sputnik Brasil
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Segundo a chancelaria russa, as declarações do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Evgeni Perebiynis, em relação às comemorações do Dia da Vitória em Moscou são um insulto à memória daqueles que morreram na guerra contra o nazismo.

A crítica foi feita pelo comissário da chancelaria russa para Direitos Humanos, Democracia e Estado de Direito, Konstantin Dolgov, nesta quarta-feira (8).

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Durante uma entrevista coletiva na terça-feira (7), respondendo a uma pergunta sobre a opinião da Ucrânia a respeito da participação de representantes estrangeiros nas celebrações em Moscou do 70º aniversário da vitória soviética contra a Alemanha nazista, Perebiynis disse que a presença dessas lideranças "dificilmente pode ser chamada de outra forma que não como blasfêmia", afirmando que "nas condições da agressão da Rússia contra a Ucrânia, essa participação seria considerada por Kiev como uma manifestação de solidariedade para com o país agressor".

Segundo Dolgov, "infelizmente, estas não são as primeiras observações desse tipo feitas por um funcionário ucraniano. Eles descaradamente falsificam a história e mancham a história da guerra, lançando uma sombra sobre a grande vitória do povo soviético, que contribuiu de forma decisiva para a luta contra o nazismo". Ainda nas palavras do diplomata russo, a declaração de Kiev é "abertamente blasfema, cínica e descarada”, além de “indigna até mesmo para uma pessoa que tenha pouco conhecimento da história, quanto mais para um funcionário do governo".

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Dolgov também observou particularmente que estas observações foram feitas por um funcionário na Ucrânia, onde, ao longo dos últimos meses, batalhões neonazistas vêm "sistematicamente matando civis em seu próprio país". De acordo com o diplomata russo, o número de vítimas “é medido em milhares". Além disso, segundo Dolgov, "nenhum desses neonazistas, seguidores de [Stepan] Bandera e outros ultranacionalistas foi punido e chamado a prestar contas". Pelo contrário, "todo esse caos neonazista vem ocorrendo sob a conivência e até mesmo apoio das autoridades ucranianas, e sob a não-resistência tácita, para dizer o mínimo, e até mesmo o incentivo de certos círculos políticos no Ocidente", de acordo com o representante de Moscou.

Segundo ele, "não há limite para o cinismo, blasfêmia e zombaria por parte de alguns políticos e funcionários públicos da Ucrânia a respeito da memória de milhões de pessoas, incluindo os ucranianos, que morreram nas mãos dos nazistas e de seus capangas locais, e também da memória daqueles que lutaram contra os nazistas nas fileiras do Exército Vermelho". 

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Dolgov concluiu afirmando que "este insulto à memória é absolutamente inadmissível e indigno", e disse que "o Sr. Perebiynis não terá sucesso em distorcer a verdade sobre a Grande Vitória. Como disse o presidente russo Vladimir Putin, não vamos permitir”.

Até o momento, 26 chefes de Estado já confirmaram presença nas comemorações do dia 9 de maio na capital russa.

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