EUA tiram status confidencial de relatório que confirma programa nuclear de Israel

© flickr.com / International Campaign to Abolish Nuclear WeaponsPentágono publica documento confidencial que revela programa nuclear de Israel
Pentágono publica documento confidencial que revela programa nuclear de Israel - Sputnik Brasil
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No mais recente exemplo de desgaste nas relações entre Estados Unidos e Israel, o Pentágono silenciosamente publicou um documento confidencial que revela a extensão do programa nuclear de Israel - programa que o governo israelense há muito tempo nega existir.

Neste mês, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aceitou um convite polêmico para falar ao Congresso americano e alertar contra "um oriente médio nuclear e suas horríveis consequências… para toda humanidade."

O discurso recebeu, possivelmente, os mais longos aplausos ouvidos no Capitólio desde que o Partido Republicano tomou controle das duas casas do Congresso. O presidente Barack Obama mostrou menos entusiasmo e afirmou que o pronunciamento de Netanyahu não tinha "nada de novo."

Coincidentemente ou não, o discurso de Netanyahu coincidiu com a decisão do Pentágono de retirar o status de confidencial de um documento que prova que a o oriente médio já tem armas nucleares: as de Israel.

O relatório de 386 páginas, chamado "Avaliação Tecnológica Crítica em Israel e nações da OTAN" é datado de 1987 e detalha um programa nuclear que Israel nunca admitiu ter.

Benjamin Netanyahu - Sputnik Brasil
A visita escandalosa de Netanyahu a Washington
"Israel está desenvolvendo tipos de códigos que lhe permitirá produzir bombas de hidrogênio", diz o texto do Departamento de Defesa. "Isto é, códigos que detalham processos de fissão e fusão em níveis microscópico e macroscópico."

O relatório chama o potencial nuclear de Israel "um paralelo quase exato com a capacidade existente em nossos Laboratórios Nacionais" e "equivalente às instalações dos Estados Unidos em Los Alamos, Lawrence Livermore, e Oak Ridge."

O momento da publicação do relatório é curioso. Originalmente solicitado três anos atrás por um jornalista que se baseava no Ato de Liberdade de Informação, o Pentágono demorou a responder.

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