Congresso dos EUA aprova recomendação sobre envio de armamentos para Ucrânia

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Foram 348 votos a favor e 48 contra.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira a resolução com recomendações ao presidente dos EUA de sancionar envio de armamentos para Ucrânia.

O documento recebeu 348 votos a favor e 48 contra. 

A resolução convoca o presidente “a utilizar as atribuições aprovadas pelos congresso para fornecer armamentos letais e de defesa à Ucrânia”.

Segundo os autores do documento, essa medida promoveria “o aumento das capacidades do povo ucraniano na defesa de sua soberania”.

Ministro da Defesa da República Tcheca, Martin Stropnicky - Sputnik Brasil
Stropnicky diz que envio de armas a Kiev nunca foi considerado com seriedade pela OTAN
O documento do congresso não é normativo e possui caráter de recomendação.

O documento aprovado nota que “a Ucrânia independente, democrática e próspera atende aos interesses nacionais dos EUA”.

Segundo os autores do documento, toda a responsabilidade por vítimas mortais do conflito na Ucrânia é da Rússia, mas ao mesmo tempo estão silenciosos sobre o fato de que a maioria dos refugiados ucranianos está na Rússia.

Moscou reiterou repetidamente que a Rússia não é parte do conflito interno ucraniano e não tem absolutamente nada a ver com os eventos no sudeste da Ucrânia. Pelo contrário, a Rússia está interessada em que a Ucrânia supere a crise política e econômica.

A opinião dos especialistas russos entrevistadas pela emissora Sputnik divergiu quanto à possibilidade dos EUA fornecerem  armas à Ucrânia.

Ao mesmo tempo, todos concordam que, se isso acontecer, as armas norte-americanas acabarão por ir parar às mãos de forças fora da zona do conflito.

O cientista político Prokhor Tebin, do Conselho da Rússia para Assuntos Externos, comenta:

“Eu vejo isso (a possibilidade de fornecimento de armas) com muito ceticismo. Gostaria de fazer uma outra pergunta, a mais importante – se atual a liderança norte-americana concorda realmente em fornecer armas de graça, porque a probabilidade de que a Ucrânia pague o preço de mercado é nula.”

Mais do que isso, o especialista opina que o fornecimento de armas à Ucrânia não é a via para sair da crise.

Segundo um outro especialista, Mikhail Troitsky, o presidente Obama está bem ciente da posição do Congresso, que considera a questão do fornecimento de armas para a Ucrânia "assunto de empreendedorismo político".

Troitsky declarou que as armas norte-americanas acabarão por ir parar a outras mãos e sair da zona do conflito:

“As armas, sem dúvida, serão apreendidas pelos combatentes adversários e, provavelmente, serão vendidas como contrabando para fora da Ucrânia. Mas não há dúvida de que as perdas das forças que se opõem ao Exército ucraniano nas regiões do Leste vão aumentar após o fornecimento de tais armas.”

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