Lugansk exige US$510 milhões em pagamentos sociais atrasados de Kiev

© Sputnik / John Trast / Acessar o banco de imagensPopulação de Debaltsevo faz fila para receber ajuda humanitária
População de Debaltsevo faz fila para receber ajuda humanitária - Sputnik Brasil
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Os sindicatos da autoproclamada República Popular de Lugansk (RPL), no leste da Ucrânia, exigiram nesta segunda-feira (23) que Kiev transfira 12 bilhões de grívnias (cerca de 510 milhões de dólares) em pagamento relativo a salários e benefícios sociais atrasados.

Os sindicatos fizeram sua demanda em uma carta dirigida ao presidente e ao primeiro-ministro do país. O documento foi aprovado em uma reunião sindical de 14 cidades e distritos da RPL.

A carta também pede a Kiev "para levantar o bloqueio econômico, social e de transporte da RPL" e "assegurar a implementação dos acordos de Minsk não em palavras, mas em ações".

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Bloco da Oposição pede dissolução do parlamento ucraniano por "incapacidade"
O governo ucraniano suspendeu todos os pagamentos sociais "em certos territórios" da região de Donbass a partir de dezembro de 2014, conforme decreto do presidente Pyotr Poroshenko. Além disso, os bancos também foram proibidos de atender contas corporativas e pessoais na região.

Enquanto isso, o governo da RPL aprovou uma resolução sobre a mudança para um sistema multi-moeda, a partir de 15 de março, para o pagamento de bens e serviços com a grívnia, o rublo, o dólar norte-americano e o euro.

O líder da RPL, Igor Plotnitsky, disse em 12 de março que a república iria ficar na zona da grívnia se Kiev cumprisse os acordos de Minsk.

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ONU: situação humanitária em Donbass está piorando
O governo ucraniano estima que o número total de refugiados pensionistas em Donbass gire em torno de 1,1 milhão de pessoas.

A deputada Maria Ionova, da facção parlamentar governista de Poroshenko, admitiu em 12 de março que a Ucrânia não estava fazendo nenhum pagamento social para os pensionistas de Donbass, dizendo que “o governo vai fazer esses pagamentos assim que tiver acesso a esses distritos ou quando as pessoas passarem para o território controlado pelo governo e se registrarem como pessoas deslocadas internamente".

Uma delegação de 15 agências humanitárias da ONU visitou a Ucrânia entre os dias 12 e 14 de março e realizou, em particular, uma reunião com o vice-primeiro-ministro ucraniano Gennady Zubko. A delegação insistiu que Kiev deve suspender totalmente os impostos sobre ajuda humanitária e discutiu a questão do não pagamento de pensões nos territórios não controlados pelo governo. Além disso, também foi pedido o levantamento das restrições à circulação de pessoas e à entrega de mercadorias a Donbass.

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