A mídia internacional comenta que a visita de Mogherini visa formalmente fomentar o desenvolvimento dos direitos humanos no país. Segundo a própria diplomata, citada pela Rádio Havana Cuba, a viagem é uma "retomada de um diálogo importante e carregado de futuro". Esta declaração foi feita por ela durante o recente fórum da CELAC com a UE, que teve lugar em Bruxelas.
Cuba tem feito parte da agenda marginal da UE no último período. Faz anos que nenhum funcionário europeu visita a ilha. Assim, Mogherini é a primeira alta funcionária europeia a deslocar-se ao país.
Em entrevista à agência EFE, citada pela mídia internacional, ela descarta que a sua visita seja uma reação à reaproximação com os EUA. Em vez disso, sublinha que persegue continuar as negociações que começaram no ano passado.Porém, é claro também para os europeus que "Mogherini necessita impedir que a recente abertura de Washington perante o seu antigo inimigo acabe deixando de lado a Europa". São palavras do correspondente europeu Pablo Suanzes do jornal espanhol El Mundo.
O mundo tem acompanhado as relações entre os Estados Unidos e Cuba. Mas sabe o mundo algo relevante das relações entre Cuba e UE?
Além disso, prossegue o artigo do El Mundo, a Europa já perdeu a partida para os EUA, que apresentou uma proposta interessante ao Estado com o qual tinha mantido um grau elevado de inimizade durante meio século. Outro assunto que deverá ainda ser aclarado no futuro é qual o preço que Cuba terá que pagar pela união com os EUA. No momento, diversos analistas consultados pela Sputnik concordam em que a reaproximação não será gratuita.
Um dos focos principais das conversações de Mogherini com o seu colega cubano, Bruno Rodríguez, serão os direitos humanos. O Observatório Cubano dos Direitos Humanos (OCDH, com sede em Madrid), citado pelo Diário de Cuba, solicitou também que a chefe da diplomacia europeia se encontre, em um dos dois dias da sua visita, com a oposição para discutir este assunto, "dando visibilidade e legitimidade às pessoas e aos grupos que são a alternativa à única visão que tem regido os destinos dos cubanos há mais de meio século".
Lavrov, em contrapartidaO chanceler russo, Sergei Lavrov, também assegura que o processo da reaproximação entre os EUA e Cuba não afeta as relações da Rússia com a ilha caribenha. A visita que o diplomata realizará nesta terça comemorará antecipadamente os 55 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e fará parte de uma série de visitas que Lavrov realizará ao longo desta semana no continente latino-americano.
O ministro russo pretende abordar uma variedade de assuntos cubano-russos durante o encontro com Bruno Rodríguez. Mas sublinha que a parceria segue igual e se desenvolvendo.
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