Ex-embaixadores dos EUA na Ucrânia propõem celebrar Vitória em Kiev em vez de Moscou

© Sputnik / Nikolai Lazarenko / Acessar o banco de imagensA military parade at Khreshchatyk Street on Independence Day in Kiev
A military parade at Khreshchatyk Street on Independence Day in Kiev - Sputnik Brasil
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Três antigos embaixadores estadunidenses na Ucrânia escreveram um editorial no jornal The Los Angeles Times sugerindo que Kiev, em vez de Moscou, devia ser escolhido como o local principal da celebração do Dia da Vitória em 9 de maio.

Os autores tomaram a responsabilidade de não só apelar aos líderes mundiais para rejeitarem o convite do presidente russo, Vladimir Putin, mas também sugeriram mover a Kiev as celebrações de comemoração do 70º aniversário da vitória contra a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.

Steven Pifer, John Herbst e William Taylor, antigos embaixadores dos EUA na Ucrânia, explicaram sua sugestão:

“Kiev oferece uma alternativa lógica a Moscou para a celebração do Dia V-E [Vitória na Europa]. Os diplomatas ocidentais e o governo ucraniano podem estruturar uma cerimônia sem uma parada de material bélico (os ucranianos parecem não ter propensão para tanques e mísseis)”.

Porém, os antigos oficiais podiam conhecer melhor o país onde tinham trabalhado. Em 24 de agosto de 2014, as novas autoridades ucranianas fizeram uma parada militar em Kiev.

A parada efetuada pelo governo que supostamente “não tem propensão para tanques e mísseis” transpirava de grandiosidade e parecia com as paradas da época soviética. Parece irônico porque a ruptura de todos os laços com a época da URSS é essencial para a ideologia ucraniana contemporânea. Além disso, a parada teve lugar apesar do conflito sangrento no leste do país. 

© Sputnik / Nikolay Lazarenko / Acessar o banco de imagensParada militar em Kiev no Dia da Independência da Ucrânia
Ex-embaixadores dos EUA na Ucrânia propõem celebrar Vitória em Kiev em vez de Moscou - Sputnik Brasil
Parada militar em Kiev no Dia da Independência da Ucrânia
Então, a ideia de realizar uma parada militar num país rompido por uma dívida imensa, inflação e guerra civil é bastante duvidosa mesmo se os líderes ocidentais não podem aguentar a ideia de assistir à parada militar organizada pelo presidente Putin. 

Porém, a proposta dos antigos diplomatas já provocou críticas. Por exemplo, Larry T. Caldwell, professor de ciência política no Occidental College, escreveu uma carta à edição:

“Seria uma decisão terrível por Obama. As relações norte-americanas com a Rússia estão no fundo histórico perigoso. Nada podia antagonizar mais o povo russo, inclusive os cidadãos que questionam a política de Putin na Ucrânia, que recusar as celebrações em Moscou para ir às de Kiev”.

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