Países da América Latina apoiam Venezuela contra “imperialismo” dos EUA

© AP Photo / Dolores OchoaNicolás Maduro, Evo Morales e Rafael Correa durante abertura de cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) - julho de 2013
Nicolás Maduro, Evo Morales e Rafael Correa durante abertura de cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) - julho de 2013 - Sputnik Brasil
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Claramente furioso com a decisão da administração Obama de declarar a Venezuela uma "ameaça extraordinária à segurança nacional", o presidente Nicolás Maduro exigiu que Washington mostre alguma “evidência" de como Caracas ameaça os Estados Unidos.

"Exigimos, através de todos os canais diplomáticos globais, que o presidente Obama retifique e revogue o decreto imoral que classifica a Venezuela como uma ameaça para os Estados Unidos", disse Maduro, em um discurso durante uma "marcha anti-imperialista" convocada na capital de seu país.

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Enquanto isso, vários líderes latino-americanos estão se alinhando para apoiar o presidente venezuelano, afirmando que Washington ultrapassou seus limites e interferiu em assuntos regionais nos quais não tem nenhum envolvimento.

"Este é um ataque inaceitável à soberania da Venezuela", segundo declararam as autoridades equatorianas.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que era ridículo pensar que a Venezuela poderia representar uma ameaça a tal superpotência. "É absolutamente inacreditável pensar que a Venezuela é o problema. É absurdo e injustificável", disse ela.

Nicolás Maduro, Evo Morales e Rafael Correa durante a abertura da ALBA - Sputnik Brasil
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Cuba classificou a ação de Washington como "arbitrária e agressiva". O governo boliviano, por sua vez, disse que a ordem executiva de Obama foi "intervencionista" e fez lembrar uma ditadura.

Chamando os Estados Unidos de "Estado policial imperialista", Maduro voltou a acusar a administração Obama de tentar derrubar seu governo, o qual foi "democraticamente eleito", segundo lembrou o chefe de Estado. 

Além de declarar a Venezuela uma ameaça, a ordem executiva de Obama também impôs sanções contra sete oficiais militares e funcionários governamentais do país latino-americano.

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Chanceler venezuelana destaca segundas intenções dos EUA ao decretar sanções
A Casa Branca argumenta que o governo venezuelano persegue opositores, limita a liberdade de imprensa e viola os direitos humanos – alegações que Maduro rejeita como uma conspiração contra ele.

O líder venezuelano disse ainda que está considerando viajar para Washington a fim de desafiar Obama sobre as afirmações da Casa Branca, e afirmou que seu governo está preparando um evento na capital norte-americana para refutar a rotulagem.

"Talvez eu apareça em Washington, para mostrar meu rosto pelo meu país e dizer ao governo em Washington que eles estão cometendo graves erros", disse ele.

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