Cristina Kirchner: Argentina não admitirá interferência nos seus assuntos internos

© AFP 2023 / ALEJANDRO PAGNIKristina Kirchner, presidente da Argentina
Kristina Kirchner, presidente da Argentina - Sputnik Brasil
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Presidente Cristina Kirchner reagiu à proposta de Washington de ajudar na investigação da morte do promotor Alberto Nisman.

Argentina não admitirá pressão por parte de outros países, nem a interferência nos seus assuntos internos, declarou a presidente Cristina Kirchner, ao comentar a situação política argentina que se formou após a morte do promotor Alberto Nisman.

Nisman havia denunciado Kirchner e outros funcionários de alto nível do governo de ter atrapalhado as investigações do atentado à Associação Mutual Israelita Argentina, ocorrido em Buenos Aires em 1994. O promotor afirmava que o governo possibilitou que os suspeitos pelo atentado escapassem da justiça em troca de um acordo comercial com o Irã. 

Até o presente momento, as circunstâncias da morte do promotor não foram esclarecidas. Não está claro se Nisman foi assassinado ou se cometeu suicídio. 

Em janeiro, a imprensa argentina divulgou que Washington havia oferecido ajuda técnica na investigação da morte do promotor. O governo argentino, entretanto, informou não ter recebido proposta formal. Na mesma ocasião, alguns congressistas americanos manifestaram sua preocupação com caso e a imprensa alardeou a vinda de uma delegação norte-americana ao país. 

Ao discursar no palácio presidencial para seus partidários, que entoavam “Pátria sim, colônia não”, Kirchner anunciou que este slogan um tanto fora de moda voltou a ser pertinente. “Estão querendo nos dar ordens do exterior. Mas a nossa política atual não tem mais lugar para aqueles que querem nos ditar instruções”, disse ela.

A morte de Alberto Nisman causou comoção na Argentina e acirrou as críticas contra o atual governo. As investigações prosseguem.

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