Misteriosa morte de peixes coloca mar Menor em alerta na Espanha (FOTOS)

Os pesquisadores há tempos estão alertando que esta zona aquífera, que faz fronteira com uma extensa região de agricultura intensiva, estava submetida a uma pressão extrema.

Um novo episódio da morte massiva de peixes colocou em alerta o chamado mar Menor da Espanha, uma grande lagoa localizada na região de Murcia, que amanheceu com uma imagem devastadora de centenas de exemplares de diferentes espécies mortos nas margens das praias de Islas Menores, Los Nietos e em algumas áreas de La Manga.

Los Nietos ahora. Sigue el "calor"...
Foto: Paula Navas pic.twitter.com/2bxLSkAWo5

— SOS Mar Menor (@sosmarmenorofi) August 17, 2021

​Los Nietos agora. Segue o "calor".

Desde pequenos peixes até caranguejos eremitas e polvos foram vistos sobre a costa, fazendo com que as autoridades iniciassem uma investigação para determinar a causa.

De acordo com as primeiras análises, a possibilidade de estar envolvida a anoxia ou falta de oxigênio foi descartada, já que os valores detectados na água são normais, informou o jornal La Verdad.

Por sua vez, a plataforma SOS Mar Menor denunciou a situação e alertou que o "mar Menor está morrendo".

🏴Hoy vuelve a pasar, playa de los Alemanes en la manga.Miles de diferentes especies yacen muertos en el Mar Menor. Es el tercer día,se esta muriendo poco a poco. ¡Y lo que queda! #ElMarMenorSeMuere #FirmaConDerechos #ILPMarMenor #FirmaPorElMarMenor #SOSMarMenor 155MEDIOAMBIENTAL pic.twitter.com/KeL0avzeGp

— PorUnMarMenorVivo (@PorUnMarVivo1) August 18, 2021

​Hoje, volta a acontecer, praia dos Alemães em La Manga. Milhares de diferentes espécies jazem mortos no mar Menor. É o terceiro dia, está morrendo pouco a pouco. E o que resta!

Diversas mensagens de indignação surgiram nas redes sociais, bem como usuários denunciando a morte massiva de peixes, com fotos e vídeos que mostram diversos animais mortos ao longo de aproximadamente 500 metros da linha costeira.

Especialistas e pesquisadores há tempos alertam que a região estava submetida a uma pressão extrema. A lagoa faz fronteira com uma grande região de agricultura intensiva, que abrange aproximadamente 60.000 hectares.

Os deficientes sistemas de drenagem das cidades próximas, bem como os resíduos das atividades mineradoras, agravaram o problema.