Reino Unido não exclui voltar a enviar navios de guerra às águas do mar Negro

© REUTERS / Ministério da Defesa da Rússia / HandoutDestróier HMS Defender, Type 45, da Marinha Real britânica, filmado de um avião militar russo no mar Negro, em 23 de junho de 2021
Destróier HMS Defender, Type 45, da Marinha Real britânica, filmado de um avião militar russo no mar Negro, em 23 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.06.2021
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Segundo George Eustice, secretário do Ambiente britânico, a passagem do destróier HMS Defender no mar Negro não violou as fronteiras russas e se tratou de uma coisa "muito normal".

Navios de guerra do Reino Unido poderiam entrar novamente em águas do mar Negro controladas pela Rússia, disse na quinta-feira (24) George Eustice, secretário do Ambiente britânico, em declarações à emissora Sky News.

Segundo ele, "sob a lei internacional, você pode tomar a rota mais próxima e mais rápida de um ponto a outro. HMS Defender estava passando por águas ucranianas, acho que no caminho para a Geórgia, e essa era a rota lógica para ele tomar".

"Isto é uma coisa muito normal, é bastante comum na verdade [...] então acho que é importante que as pessoas não se deixem levar."

Segundo apontou na quinta-feira (24) o jornal The Guardian, o "plano britânico era afirmar os direitos de navegação no mar Negro em apoio à Ucrânia" depois que a Crimeia integrou o território russo em 2014, uma ação não reconhecida pelos países ocidentais.

Reação da Rússia

A Rússia não concorda com esta interpretação, tendo a chancelaria russa publicado na quarta-feira (23), o mesmo dia em que o HMS Defender fez sua aproximação à Crimeia, um vídeo mostrando que a embarcação entrou nas águas territoriais do país.

"As ações perigosas do destróier da Marinha Real do Reino Unido são avaliadas pelo Ministério da Defesa da Rússia como uma violação grave da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar de 1982", disse o Ministério da Defesa da Rússia.

"A integridade territorial da Federação da Rússia é intocável, a inviolabilidade de suas fronteiras é um imperativo absoluto. Defenderemos isso tanto com meios diplomáticos e políticos como, se for necessário, com meios militares", referiu na quinta-feira (24) Sergei Ryabkov, vice-chanceler russo.

Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que a entidade fará uma dura diligência junto a Deborah Bronnert, embaixadora do Reino Unido no país, sobre a situação do destróier britânico, e que as afirmações britânicas eram uma "mentira descarada".

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