Ucrânia considera adesão à OTAN 'único caminho' para segurança de Donbass

© Sputnik / Yevgeny Biyatov / Acessar o banco de imagens Caça do exército ucraniano sobrevoando a autoproclamada República Popular de Lugansk, Donbass
 Caça do exército ucraniano sobrevoando a autoproclamada República Popular de Lugansk, Donbass  - Sputnik Brasil, 1920, 06.04.2021
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O presidente da Ucrânia afirmou que a Aliança Atlântica é o único caminho para acabar o conflito em Donbass. Comentando a declaração de Zelensky, Moscou disse que a entrada da Ucrânia na OTAN reforçará os problemas internos ucranianos.

Nesta terça-feira (6), o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, conversou por telefone com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, sobre o agravamento da situação em Donbass e declarou que a aliança é o único caminho para dar um basta ao conflito regional.

​Buscamos a reforma de nosso Exército e da indústria de defesa, mas não é possível parar a Rússia apenas com reformas. OTAN é o único caminho para acabar a guerra em Donbass. O Plano de Ação para a Adesão da Ucrânia será um sinal real para Rússia.

O presidente ucraniano e o secretário-geral da OTAN discutiram o declínio da situação de segurança em Donbass. Além do mais, Zelensky insinuou para Stoltenberg eventual chegada de tropas russas às fronteiras ucranianas e aumento da prontidão russa para atacar.

Zelensky exortou os membros da aliança a prestarem mais atenção na segurança do mar Negro e aumentarem a presença militar na região.

Por sua vez, o secretário-geral da OTAN anunciou no Twitter ter ligado para o presidente ucraniano para expressar preocupação pelas alegadas atividades militares da Rússia na Ucrânia.

​Liguei para o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, para expressar sérias preocupações sobre atividades militares da Rússia dento e perto da Ucrânia e violações do cessar-fogo em curso. OTAN apoia firmemente a soberania da Ucrânia e a integridade territorial. Continuamos comprometidos com nossa estreita parceria.

Reação de Moscou

Moscou espera que os países ocidentais exijam do presidente ucraniano o cumprimento dos acordos de Minsk, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante coletiva de imprensa após negociações com seu homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar.

"Kiev passou de crítica dos limites políticos de regulamentação da crise em Donbass para ameaças de ações militares, e espero que [...] eles [capitais europeias] exijam do senhor Zelensky que cumpra os acordos de Minsk ao máximo", declarou Lavrov.

A entrada da Ucrânia na OTAN reforçará os problemas internos ucranianos. Para os moradores da república autoproclamada de Donbass, a adesão à OTAN é uma "perspectiva altamente inaceitável", de acordo com o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov.

"Temos muitas dúvidas de que [a entrada na OTAN] ajudará a Ucrânia de alguma maneira a lidar com seu problema interno. De nosso ponto de vista, piorará a situação. Porque, em se tratando de aderir à OTAN, não é possível de maneira nenhuma ignorar as opiniões das pessoas", afirmou Peskov, comentando o discurso do presidente ucraniano.

"Se você perguntar a opinião de milhões de pessoas das repúblicas autoproclamadas, entenderá que a adesão à OTAN [...] é uma perspectiva altamente inaceitável", disse o porta-voz do presidente da Rússia.

Na segunda-feira (5), o Departamento de Estado dos EUA afirmou que há evidências e relatos "confiáveis" de uma suposta movimentação militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia. Os Estados Unidos pediram para Rússia explicar as recentes "provocações".

Anteriormente, em 30 de março, a Ucrânia acusou a Rússia de ter aumentado gradualmente forças na fronteira com a Ucrânia. Por sua vez, a Federação da Rússia declarou que movimenta suas Forças Armadas dentro de seu território conforme acha necessário, sem apresentar ameaça para ninguém.

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