O órgão concluiu que o medicamento não tem eficácia contra a doença, segundo dados que existem até o momento. O remédio é indicado para tratar infestações de parasitas como piolho e sarna.
"Os medicamentos com ivermectina não estão autorizados para uso na COVID-19 na União Europeia e a EMA não recebeu nenhum pedido para esse uso", disse a agência no comunicado.
A agência explicou que alguns testes laboratoriais já detectaram que o fármaco é capaz de impedir a reprodução do vírus SARS-CoV-2, mas em concentrações "muito mais altas do que as alcançadas com as doses atualmente autorizadas".
Com isso, o remédio não seria suficiente para conter o avanço da doença em um ser humano, segundo a EMA.
"Os resultados dos estudos clínicos foram variados, com alguns estudos mostrando nenhum benefício e outros relatando um benefício potencial. A maioria dos estudos revisados pela EMA era pequena e tinha limitações adicionais, incluindo diferentes regimes de dosagem e uso de medicamentos concomitantes. A EMA concluiu, portanto, que a evidência atualmente disponível não é suficiente para apoiar o uso de ivermectina para COVID-19 fora dos ensaios clínicos", informou.
Desde o ano passado, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro vem defendendo o uso da ivermectina e da hidroxicloroquina como tratamento precoce contra a doença, apesar de estudos já indicarem a ineficácia dos remédios.

A Agência Europeia de Medicamentos ressaltou ainda que o uso indiscriminado de ivermectina pode levar a efeitos colaterais indesejados.
O órgão advertiu que, em altas doses, o medicamento pode ser tóxico ao organismo.
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