Um dos principais aliados do presidente da França, Emmanuel Macron, para a área ambiental, o eurodeputado Pascal Canfin afirmou que o continente terá uma postura mais rígida com produtos brasileiros que contribuam para o desmatamento.
"O Brasil não pode aparecer na cena internacional como o país que não quer cooperar. Seria um péssimo cálculo econômico", disse Canfin, em entrevista à Folha de S.Paulo.
O eurodeputado é membro do Republique En Marche (República Em Marcha), partido de Macron, e é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar do Parlamento Europeu.
Canfin é um dos principais responsáveis pela elaboração de um projeto de lei que poderá fechar o mercado do bloco econômico a produtos brasileiros que não atestem que não têm ligação com o desmatamento.
"A ideia não é parar de importar a soja brasileira, mas somente a soja brasileira que não é capaz de demonstrar que não contribui para o desmatamento. Não somos contra a soja brasileira em si, mas contra um modo de produção que não queremos mais respaldar", afirmou ao jornal.

Há algumas semanas, o presidente da França disse que depender do produto brasileiro é endossar a destruição da Amazônia e propôs que o continente europeu tenha cultivo próprio.
O Brasil exporta 14 milhões de toneladas de soja por ano para o bloco europeu, que tem 27 países.
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