O Reino Unido exportou hardware militar britânico para 58 dos 73 países listados para as restrições acima mencionadas pelo Departamento de Comércio Internacional (DIT, na sigla em inglês), incluindo fuzis de precisão para o Paquistão, fuzis de assalto para o Quênia, e equipamento naval para a China, segundo o jornal The Guardian.
As exportações do armamento são legais, mas o grupo Ação sobre Violência Armada conduziu uma análise que apresentou "uma falha sistêmica na consideração dos direitos humanos nesses países antes da exportação das armas".
Os países abrangidos pelas sanções têm, supostamente, toda a venda de armas proibida, onde existem controles de trânsito e onde uma licença especial é necessária, tanto por razões políticas, de segurança ou de direitos humanos.
Cinco países listados pelo Departamento de Comércio britânico como principais mercados de exportação para as fabricantes de armas britânicas são Bahrein, Bangladesh, Colômbia, Egito e Arábia Saudita. Estes países, por sua vez, também fazem parte da lista mais recente do Ministério das Relações Exteriores britânico dos 30 "países prioritários de direitos humanos", embora nem todos estejam sujeitos a sanções, conta a mídia britânica.
O autor da análise da Ação sobre Violência Armada, Murray Jones, afirmou que sua pesquisa dos registros de exportação do Reino Unido entre janeiro de 2015 e junho de 2020 "demonstra a fragilidade do compromisso do Reino Unido com os direitos humanos no exterior", citado pelo The Guardian.
Os detalhes das exportações de armas aprovadas foram extraídos de registros públicos do Departamento de Comércio britânico, mas os pesquisadores contaram que houve pouca tentativa de justificação para tal comércio, tornando difícil ver qual seria, de fato, seu objetivo final.
"Se alguma dessas exportações for justificável, as licenças são tão opacas que um examinador independente simplesmente não conseguiria perceber o que está acontecendo. O governo não deve receber o benefício da dúvida apenas porque não é transparente", afirmou Jones.
No entanto, representantes do governo britânico continuam insistindo no compromisso do país com a defesa dos direitos humanos, e afirmam que o governo apenas concederia armas a todas as entidades que respeitam determinados critérios.
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