A liberação de Assange foi negada sob alegação de que ele já havia violado as condições de saída sob fiança anteriormente. Além disso, o tribunal recusou todas as petições anteriores devido aos mesmos motivos.
No dia 4 de janeiro, a juíza Vanessa Baraitser recusou a extradição de Assange às autoridades norte-americanas. Por sua vez, os advogados que representam os EUA afirmaram que recorreriam da decisão.
Também nesta segunda-feira (4), o ex-agente da inteligência norte-americana Edward Snowden, que também é procurado pelos EUA, comemorou a recusa da extradição de Assange. Braga ressalta que Snowden e Assange estão envolvidos em "casos diferentes, com acusações diferentes e procedimentos diferentes" por parte da comunidade internacional – mas deseja que a liberdade jornalística seja lembrada também no caso do ex-agente da CIA.
Os Estados Unidos acusam Julian Assange por crimes de espionagem e conspiração. Ao lado de Chelsea Manning, em 2010, Assange publicou 251.287 documentos diplomáticos norte-americanos, que revelaram informações como a morte de civis e jornalistas em Bagdá durante um ataque aéreo dos EUA, fichas de detentos da prisão de Guantánamo e dados sobre mais de 160 empresas de vigilância em massa.
Um dos eventos mais importantes do WikiLeaks foi o vazamento de documentos comprometedores para o Partido Democrata dos EUA na segunda metade de 2016, antes das eleições presidenciais no país norte-americano, que indicaram um favorecimento da candidata Hillary Clinton, em detrimento de Bernie Sanders, e que poderiam ter contribuído para sua derrota final contra Donald Trump.