Três países europeus - Polônia, Ucrânia e República Tcheca - registraram nesta quinta-feira (5) números recordes de casos da COVID-19, informou o site G1.
Na Polônia, foram confirmados 27.143 novos casos e 367 mortes nas últimas 24 horas. O número quase alcançou o recorde diário estabelecido na quarta-feira (4), quando houve 373 mortes. O governo vai anunciar medidas mais duras para conter a transmissão do vírus se o número de casos ficar entre 29 mil e 30 mil em uma semana.
A maioria das lojas comerciais, além de teatros, museus, galerias e cinemas vai fechar a partir de sábado (7), segundo a agência de notícias Reuters. As escolas que já não tenham aulas remotas vão passar a adotá-las a partir de segunda-feira (9) e hotéis vão ficar abertos apenas para hóspedes a negócios.
Na República Tcheca, o Ministério da Saúde atualizou os números nesta quinta-feira (5): 97 mortes além das 123 ocorridas na quarta-feira (4). O país agora tem 378.716 enfermos. Também houve uma revisão de dados de dias anteriores, levando o total de mortes a 4.133.
As internações nos hospitais tchecos aumentaram 33%, segundo a Reuters, chegando a 8.278 pacientes desde a semana passada.
O governo endureceu as restrições para combater o vírus em outubro fechando restaurantes, lojas e locais públicos como piscinas, academias de ginástica, cinemas e teatros. As escolas mudaram para o ensino à distância e há um toque de recolher às 21 horas.
A Ucrânia anunciou no início da tarde que teve 9.850 casos nas últimas 24 horas. O número ultrapassa o recorde, alcançado na quarta-feira, de 9.524 infecções. O país tem 430.467 casos da COVID-19 e 7.924 mortes.
"A situação rapidamente muda de difícil para catastrófica. Precisamos nos preparar para o inevitável. É impossível passar facilmente a segunda onda", disse Maksim Stepanov, ministro da Saúde ao Parlamento.
Ele também alertou que os recursos de saúde do país se esgotarão caso o número de casos diários ultrapassasse 20 mil.
'Explosão'
A tensão no continente por causa da COVID-19 é reforçada pelo escritório europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em entrevista coletiva, o diretor Hans Kluge classificou a situação como uma "explosão" de contágio em apenas alguns dias para mais um milhão de casos" na Europa e um aumento gradual da mortalidade.
"Não podemos relaxar, vai ser um pouco difícil, temos que ser honestos sobre isso", advertiu.
A zona europeia da OMS, que tem 53 países incluindo a Rússia, registrou mais de 11,8 milhões de casos e quase 295 mil mortes desde o início da pandemia, de acordo com o gráfico de monitoramento da organização. Nos últimos sete dias, foram relatados quase 1,8 milhão de novos casos e ocorreram 19.500 mortes.
Ainda assim, Kluge quer preservar ao máximo as escolas e seu argumento é científico.
"Não há razão para dizer que as escolas são um dos principais vetores de transmissão. Temos que manter as escolas abertas até o fim porque não podemos nos permitir uma geração perdida para a COVID-19", disse.
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