Na manhã desta terça-feira (15), o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse que o bloco europeu não considera Aleksandr Lukashenko o presidente legítimo da Bielorrússia, continuando a acreditar que as eleições de agosto foram fraudadas.
Segundo ele, a União Europeia está revendo a interação com a Bielorrússia e estudando os setores em que as relações podem ficar congeladas. Borrell destacou também que as sanções contra a Bielorrússia deveriam ser adotadas o mais rapidamente possível, antes da reunião do Conselho Europeu de 24 e 25 de setembro.
"Gostaria de entender com que base os representantes da União Europeia se colocam em pé de igualdade com o povo bielorrusso e se consideram no direito fazer veredictos por conta própria sobre a aceitabilidade dos resultados eleitorais para os bielorrussos", disse o chanceler bielorrusso à Sputnik.
"Para mim, esses valores definitivamente não são equivalentes. E, em princípio, a que ponto chegará o mundo se todos os atores externos começarem a contestar diretamente os resultados do processo eleitoral em outros países?", acrescentou Makei.
Segundo ele, o entendimento de Minsk sobre democracia diz respeito a "aceitar as opiniões da maioria, e não usar todos os meios e tecnologias disponíveis para refazê-las para si".

Os protestos em massa começaram em toda a Bielorrússia em 9 de agosto após a eleição presidencial, na qual o atual líder Aleksandr Lukashenko venceu com 80,1% dos votos, de acordo com a Comissão Eleitoral Central do país.
Os apoiadores da oposição foram às ruas ao não reconhecer a legitimidade da vitória de Lukashenko e foram reprimidos pelas forças de segurança com gás lacrimogêneo, canhões de água, granadas de efeito moral e balas de borracha. Mais de 6.700 pessoas foram detidas nos primeiros dias de manifestações.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)