Nord Stream 2: parlamentar alemão critica ameaça dos EUA por gasoduto e sugere reação

© REUTERS / Nord Stream 2Primeiros tubos para o projeto Nord Stream 2 em uma fábrica da OMK em Vyksa, Rússia.
Primeiros tubos para o projeto Nord Stream 2 em uma fábrica da OMK em Vyksa, Rússia. - Sputnik Brasil
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As ameaças de senadores norte-americanos com sanções contra o operador do porto alemão de Sassnitz pelo gasoduto Nord Stream 2 são o cúmulo da insolência, disse à mídia o chefe do Comitê de Economia e Energia do Bundestag, Klaus Ernst.

De acordo com uma carta de três senadores norte-americanos ao operador portuário Sassnitz GmbH vista pela Sputnik, as empresas envolvidas na construção do gasoduto Nord Strem 2 (Corrente do Norte 2) correm o risco de sofrer sanções dos EUA, em particular, o porto pode enfrentar "ruína financeira "se as obras continuarem.

"A insolência dessa carta é intransponível", comentou Ernst, observando que ela é uma ameaça direta à cidade de Sassnitz e ao estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.

O deputado acrescentou que as ações dos três senadores mostram que os protestos do governo federal alemão contra as sanções norte-americanas não surtiram efeito.

"Obviamente, com toda a probabilidade os senadores mencionados serão encorajados a aumentar a pressão", avaliou Ernst.

O político pediu ao governo federal da Alemanha que "convoque o embaixador americano" e "finalmente apresente contra-medidas eficazes e as aplique se necessário". Como sugestão, ele mencionou a aplicação de tarifas adicionais ao GNL dos EUA.

© Sputnik / Ilia PitalevCapacete de trabalhador do projeto Nord Stream 2, em pátio na região de Leningrado. O gasoduto deve sair da costa russa em direção à Alemanha
Nord Stream 2: parlamentar alemão critica ameaça dos EUA por gasoduto e sugere reação - Sputnik Brasil
Capacete de trabalhador do projeto Nord Stream 2, em pátio na região de Leningrado. O gasoduto deve sair da costa russa em direção à Alemanha

A publicação Focus informou anteriormente que o navio Rossini está participando da construção do gasoduto, que está no porto de Sassnitz desde o início de junho e a bordo do qual estão cerca de 140 trabalhadores.

De acordo com o jornal Ostsee-Zeitung, os trabalhadores, cidadãos do Reino Unido, Rússia, Ucrânia e Itália, se preparam para a construção do último trecho do gasoduto, mas "temendo as iminentes sanções americanas, todos os participantes agem em segredo".

O gasoduto Nord Stream 2, projetado para diversificar as rotas de fornecimento de gás da Rússia para a Europa e aumentar a segurança energética, consistirá em dois ramais para transportar até 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural.

A construção foi suspensa em dezembro de 2019 depois que Washington ameaçou aplicar sanções contra a empresa suíça Allseas que executou as obras.

Os Estados Unidos, que buscam vender GNL de seus campos de xisto, e alguns países europeus, como Polônia, Letônia e Lituânia, se opõem ao novo gasoduto. A Ucrânia, que teme perder sua receita com o trânsito do gás russo, também é contra o projeto.

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