As audiências sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines foram retomadas nesta segunda-feira (8) no complexo judicial de Schiphol.
Acusando a Rússia, a investigação holandesa do processo MH17 tenta proteger o lado ucraniano, comentou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores.
As afirmações da investigação holandesa de que a Rússia está tentando "ajustar" as provas foram chamadas de mentira pela diplomata. Moscou não é parte envolvida neste processo, ressaltou.
"Quero relembrar a nossa posição de princípio: Rússia não é parte no processo penal conduzido pelo Tribunal de Haia. Foram feitas acusações contra três cidadãos russos [...] por isso estamos acompanhando o andamento do processo no que diz respeito a seus direitos legais", disse Zakharova em uma coletiva de imprensa.
De acordo com Zakharova, as conclusões da procuradoria holandesa sobre o envolvimento da Rússia na queda do voo MH17 baseiam-se em apenas dois fragmentos de submunições detectados.
"Por fim, dois anos mais tarde, a acusação holandesa se lembrou dos materiais apresentados pela Rússia. Eles provam a origem ucraniana do míssil que, na opinião da própria equipe de investigação, atingiu o voo MH17. Porém, os procuradores fazem alegações infundadas que os dados russos 'foram manipulados e ajustados'. Isso é mentira, é mais uma mentira. Eles foram convidados para vir à Rússia verificar a autenticidade dos formulários, no entanto, os investigadores ficaram logo desinteressados nisso. Nem eles próprios demonstraram qualquer interesse em vir [à Rússia], nem apresentaram requisições adicionais", concluiu Zakharova.
O julgamento sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines teve início nos Países Baixos em 9 de março deste ano para tentar esclarecer as causas e encontrar os responsáveis.
A investigação internacional conjunta, que não aceitou a participação da Rússia, é encabeçada pela Procuradoria Geral dos Países Baixos.
De acordo com a conclusão prévia das investigações, o Boeing 777, que voava de Amsterdã, Países Baixos, com destino a Kuala Lumpur, Indonésia, teria sido derrubado em 17 de julho de 2014 por um míssil antiaéreo Buk, supostamente pertencente às Forças Armadas russas.
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