Justiça holandesa: dados não confirmaram presença de caça ou míssil durante queda do voo MH17

© Sputnik / Andrei SteninEspecialistas da missão da OSCE no local da queda do Boeing 777 perto de Shahtersk em Donetsk
Especialistas da missão da OSCE no local da queda do Boeing 777 perto de Shahtersk em Donetsk  - Sputnik Brasil
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Dados de radar não confirmaram a presença de caça ou míssil no momento da queda do Boeing malaio do voo MH17 no leste da Ucrânia em 2014, segundo o procurador holandês Thijs Berger.

Ontem (8) no complexo judicial de Schiphol aconteceu mais uma audiência sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines. Na audiência, o procurador holandês declarou que a investigação dos dados de radar tinha terminado.

Logo em seguida, Berger afirmou que os dados de radares civis e militares da Ucrânia deram resultados limitados sobre o incidente e que foram também tidos em consideração os dados de radar russos.

Contudo, segundo Berger, levando em consideração a opinião de especialistas em defesa, a ausência de dados de radar quanto à presença de um míssil Buk (que teria derrubado a aeronave), pode ter várias explicações.

"O fato de os radares não terem detectado não significa que não havia lá um míssil. A Almaz-Antei [empresa russa do setor de defesa] e o Ministério da Defesa da Rússia, ao contrário, consideram que a ausência de detecção prova que não havia míssil", acrescentou.

Investigações

O julgamento sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines teve início nos Países Baixos em 9 de março deste ano para tentar esclarecer as causas e encontrar os responsáveis.

A investigação internacional conjunta, que não aceitou a participação da Rússia, é encabeçada pela Procuradoria Geral dos Países Baixos.

De acordo com a conclusão prévia das investigações, o Boeing 777, que voava de Amsterdã, Países Baixos, com destino a Kuala Lumpur, Indonésia, teria sido derrubado em 17 de julho de 2014 por um míssil antiaéreo Buk, supostamente pertencente às Forças Armadas russas.

Porém, a Rússia já apresentou dados de radar e documentos que provam que o míssil em questão pertencia à Ucrânia e estava sob controle de Kiev. Por sua vez, tal informação não foi considerada pelos investigadores.

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