O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, considerou que a ideia de que a Itália recebeu condições para a ajuda humanitária uma ofensa grave em uma entrevista à BBC.
"A própria suspeita me ofende tão profundamente. É uma ofensa para o governo italiano pensar que a ajuda que recebemos da Rússia, da China ou de outros países pode influenciar a posição geopolítica da Itália."
"Para mim, e também para Vladimir Putin, com quem tive uma longa ligação telefônica que nem sequer pensou em utilizar esta situação para exercer pressão, é uma ofensa grave", afirmou Conte.
Falando da reação da UE à emergência da COVID-19, o chefe do Executivo italiano afirmou que "é um teste duro para a União: se não aproveitarmos a oportunidade para revitalizar o projeto europeu, o risco de fracasso será elevado".
Quanto à oportunidade das medidas para conter a propagação do vírus, Conte explicou que a Itália tem "um sistema completamente diferente do da China. Para nós, a limitação das liberdades constitucionais foi uma decisão crítica. Se eu tivesse proposto fazê-lo desde o início, quando surgiram os primeiros surtos, as pessoas me teriam tomado por um louco".
"Se tivesse voltado ao passado, teria feito a mesma coisa", disse o premiê.
Desde o início da pandemia, foram comunicados 139.422 casos de infecção pela COVID-19 na Itália, incluindo 17.669 mortes e 26 491 recuperações, segundo a Universidade Johns Hopkins norte-americana.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)