Italianos queimam bandeiras da UE em sinal de protesto em meio à pandemia da COVID-19 (VÍDEOS)

CC BY-SA 2.0 / Ed Uthman / Bandeiras da Itália e da UE (imagem ilustrativa)
Bandeiras da Itália e da UE (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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Confinados em casa ou desafiando a quarentena em plena rua, italianos queimam bandeiras da UE em sinal de protesto contra a alegada falta de solidariedade europeia.

Enquanto a Europa dá as costas à Itália em plena pandemia da COVID-19, alguns italianos tomaram medidas, queimando simbolicamente a bandeira da União Europeia e concluindo o ato com a frase: "ci salviamo da soli" ("Vamos nos salvar sozinhos").

#VamosNosSalvarSozinhos #RadioSavana

Bandeiras da UE de tecido, de papel, ou mesmo impressas em casa por computador, tudo serve para mostrar desagrado face à inação das instituições europeias, já havendo quem apele a um Italexit, inspirando-se no Brexit.

A União Europeia mostra aquilo que sempre foi: um covil de usurários interessados apenas no nosso dinheiro. Não existe nenhuma solidariedade europeia, apenas traição. Vamos pôr um fim neste pesadelo.
Nós italianos #VamosNosSalvarSozinhos

A Itália, que registrou cerca de 100.000 casos e aproximadamente 11.000 mortes, permanece o país mais afetado pela pandemia.

#FrancescoAmodeo: "A Europa é uma casa em chamas. Quanto mais tempo ficarmos lá dentro, mais colocamos os nossos cidadãos em risco. Só podemos apelar ao nosso orgulho e à nossa dignidade e declarar que nós, italianos #VamosNosSalvarSozinhos"

Macron denuncia egoísmo europeu

Em declarações à mídia, em 28 de março, o presidente francês alertou para a falta de solidariedade europeia face à proliferação do vírus, garantindo estar a França do lado dos italianos e se afirmando preocupado com uma Europa "egoísta e dividida".

O premiê italiano, Giuseppe Conte, tem apelado repetidamente à União Europeia para fazer tudo o que estiver ao seu alcance a fim de ajudar seu país.

Em reunião do Conselho Europeu em 26 de março, Conte, apoiado pelos países do sul, propôs a criação de "coronabonds" que mutualizariam a dívida dos Estados membros. Vários países do norte da Europa, liderados pela Alemanha, refutaram esta opção, não chegando o conselho a nenhum acordo sobre as medidas de apoio econômico para lidar com os efeitos da pandemia.

Vale recordar que Rússia, China e Cuba responderam ao apelo de ajuda das autoridades italianas, cujo sistema de saúde entrou em colapso, enviando pessoal médico, enfermeiros, técnicos auxiliares de saúde e muito material diverso.

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