A declaração foi feita pelo chefe do governo da Irlanda, Taoiseach Leo Varadkar.
"A Irlanda não irá de maneira alguma votar pelo acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia se o Brasil não honrar seus compromissos ambientais", disse Leo Varadkar.
Na última quarta (21), o presidente Jair Bolsonaro havia sugerido o possível envolvimento de organizações não governamentais nos incêndios.
"Então, pode estar havendo, sim, pode, não estou afirmando, ação criminosa desses 'ongueiros' para chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil. Essa é a guerra que nós enfrentamos", publicou o portal G1 a fala de Bolsonaro.
Por sua vez, a autoridade irlandesa criticou a fala do presidente brasileiro, informou o site de notícias independent.ie.
"Os esforços de Bolsonaro em culpar as ONGs ambientais nos incêndios é orwelliano", disse Varadkar, insinuando que a fala de Bolsonaro seria falsa e manipuladora.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mais de 75.000 focos de queimada foram detectados na Amazônia neste ano, 85% a mais do que em todo o ano passado.
Concorrência comercial e o acordo
A Irlanda é um importante exportador de carne bovina na União Europeia. O país teme a entrada de carne oriunda do Mercosul no mercado europeu. A concorrência com a carne sul-americana poderia trazer perdas para os produtores locais.
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia abrirá um mercado de 500 milhões de habitantes para os produtos brasileiros. Para entrar em vigor, o acordo deverá ser ratificado pelo Parlamento da União Europeia, aonde ele precisa receber o apoio de ao menos 16 dos 28 Estados membros.
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