Ex-guarda nazista é acusado de participar do assassinato de mais de 5.000 prisioneiros

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Nesta quinta-feira (18), Bruno Dey, de 92 anos de idade, foi acusado pela Procuradoria alemã de participar do assassinato de 5.230 prisioneiros judeus durante o período em que era guarda no campo de concentração de Stutthof, durante a Segunda Guerra Mundial.

Dey, natural da cidade de Hamburgo, tinha 17 anos de idade quando cometeu os crimes dos quais está sendo acusado, e, por isso, será julgado como menor de idade.

Segundo o jornal Die Welt, Dey pertencia à organização paramilitar nazista Schutzstaffel (SS), que em grande parte difundiu e supervisionou diretamente os objetivos genocidas do regime. Ele serviu por oito meses como sentinela na torre de vigia do campo de concentração de Stutthof, próximo da cidade de Danzigue, que agora é Gdansk, na Polônia.

Dey declarou que nunca apoiou a ideologia nazista e expressou arrependimento por tantas vidas inocentes perdidas durante a guerra.

Além disso, ele afirma que não participou diretamente dos assassinatos no campo, embora admitisse ter testemunhado corpos desfalecidos e pessoas sendo levadas à câmara de gás, obviamente para serem executadas.

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O procurador alemão descreve Dey como uma "pequena roda na máquina da morte", relata o portal AP.

Stutthof foi um campo de concentração no início de 1942 e, dois anos depois, passou a funcionar como campo de extermínio. Os novos prisioneiros eram divididos por estado de saúde e idade em dois grupos. O campo de concentração abrigou 110.000 prisioneiros judeus, 65.000 dos quais foram mortos.

A Schutzstaffel (SS) começou como uma pequena unidade de proteção do líder do partido nazista, mas, após Heinrich Himmler, um grande apoiador da ideologia de Adolf Hitler, assumir a chefia da organização em 1929, esta se expandiu a mais de 250.000 agentes e chegou a contar com um exército próprio.

Durante o julgamento de Nuremberga dos líderes nazistas, a SS foi declarada como uma organização criminosa que cometeu crimes contra a Humanidade.

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