'Imprescindível e legítimo', diz OTAN sobre bombardeio da Iugoslávia

© AP Photo / Hidajet delicMunições com urânio empobrecido que foram usadas durante bombardeios da OTAN na Iugoslávia nos anos 90, imagem referencial
Munições com urânio empobrecido que foram usadas durante bombardeios da OTAN na Iugoslávia nos anos 90, imagem referencial - Sputnik Brasil
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O bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na então República Federal da Iugoslávia em 1999 foi necessário e legítimo, disse nesta terça-feira (26) o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg.

"Dada a crise, o uso da força pela OTAN era imprescindível e legítimo", disse Stoltenberg em entrevista à agência sérvia Tanjug, observando que "o objetivo era pôr fim às ações militares e represálias contra civis no Kosovo, garantir o retorno dos refugiados e o acesso de organizações humanitárias, o objetivo foi atingido".

Segundo o chefe da OTAN, a Aliança interveio na Iugoslávia para "evitar uma catástrofe humanitária" porque "até o final de 1998, as forças iugoslavas expulsaram mais de 300 mil albaneses do Kosovo".

Stoltenberg também reconheceu que a memória dos ataques aéreos de 1999 continua a causar dor, especialmente àqueles que perderam entes queridos, e acrescentou que ele transmitiu suas condolências a todos os afetados pelo conflito.

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Á época, a OTAN argumentou que procurava impedir a limpeza étnica dos albaneses do Kosovo.

As bombas da OTAN mataram entre 2.500 e 3.500 civis nos 78 dias que duraram os ataques, de acordo com diferentes estimativas.

Em março de 2004, os albaneses de Kosovo desencadearam uma violenta perseguição contra os sérvios, provocando seu êxodo em massa.

Quatro anos depois, o Kosovo declarou unilateralmente sua independência da Sérvia.

No momento, a independência de Kosovo foi reconhecida pelos EUA, Canadá e a maioria dos membros da União Europeia, mas não goza do reconhecimento da Rússia, China, Espanha, Irã, Israel e Grécia, entre outros países.

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