Respondendo a uma pergunta do jornal francês Le Monde em um evento de imprensa em Budapeste nesta quinta-feira, o primeiro-ministro húngaro disse que ele tem "boas relações" com a Macron, mas quando se trata de visões de migração, os dois são rivais amargos.
"Não é nada pessoal, mas uma questão de futuros de nossos países", observou Orban.
"Se o que ele [Macron] quer no que diz respeito à migração se materializa na Europa, isso seria ruim para a Hungria, por isso devo combatê-lo", acrescentou.
O presidente da França é "o líder das forças pró-imigração" na UE, complementou o primeiro-ministro da Hungria.
Na mesma conferência de imprensa, Orban criticou a mídia alemã por pressionar Budapeste a adotar uma política de "porta aberta" em relação aos migrantes.
"Não vejo nenhum compromisso possível aqui", comentou em entrevista a repórteres, acrescentando que a política alemã "não respeita" a decisão dos húngaros de não se tornar uma "nação imigrante".
Líder do Fidesz, partido nacional-conservador populista de direita que é, atualmente, o maior partido político da Hungria, Orban vem compondo uma frente anti-migração na Europa ao lado de líderes da Itália, Polônia e República Tcheca, com medidas duras contra imigrantes.
O antagonismo em relação ao que pensam Macron e a chanceler alemã Angela Merkel – ambos protagonistas na política de acolhimento dos imigrantes pelos países da UE – deve ser posto à prova nas eleições para o Parlamento Europeu, previstas para maio deste ano.
Conforme anunciou nesta semana o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, o foco do grupo de países anti-migração é promover uma "Primavera europeia", construindo uma nova Europa com fronteiras mais fortes e política mais protecionistas.
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