Ministério alemão vai retirar benefícios de refugiados que escondem identidade

© REUTERS / Hannibal HanschkeGrupos de extrema-direita manifestam-se contra os refugiados na Alemanha
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O Ministério do Interior da Alemanha está considerando adotar várias sanções contra requerentes de asilo que intencionalmente escondem sua identidade. Entre as medidas estão a retirada dos direitos de status de residência e assistência social, disse o secretário parlamentar do ministério do Interior ao Focus Online.

"Queremos ser mais rigorosos, especialmente em questões de ocultação de identidade", disse ele. "Aqueles que consistentemente se recusam a cooperar na obtenção de um documento de passaporte substituto ou no estabelecimento de sua identidade [com autoridades alemãs] devem ser tratados muito pior em termos de concessão do status de residência legal ou prestação de assistência social", disse Mayer.

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Mais de metade dos requerentes de asilo na Alemanha não possuem documentos de identidade de qualquer tipo. No mês passado, o gabinete alemão adotou uma nova lei estipulando que os refugiados só podem receber treinamento vocacional e o direito de trabalhar se suas identidades puderem ser estabelecidas.

Mais cedo, o ministro do Interior, Horst Seehofer, recomendou leis mais rígidas de deportação para refugiados que se envolvem em violência, depois que um grupo de jovens asilados participou de uma série de batidas aleatórias em uma estação de trem na cidade bávara de Amberg.

"Se os solicitantes de asilo cometem crimes violentos, eles devem deixar o nosso país. Se as leis existentes não forem suficientes, elas devem ser mudadas", disse Seehofer em entrevista ao Bild. "Os eventos em Amberg me abalaram tremendamente. Esses são excessos violentos que não podemos tolerar", acrescentou o ministro do Interior.

Os agressores de Amberg permanecem sob custódia em centros de detenção e devem responder por múltiplas acusações de causar danos corporais perigosos. 

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No final de 2017, a União Democrata Cristã da Chanceler Angela Merkel e os partidos da União Social Cristã de Seehofer na Bavária concordaram com um limite de 200 mil por ano para refugiados depois que vários milhões de migrantes e requerentes de asilo entraram no país nos dois anos anteriores.

A chanceler Merkel recebeu críticas consideráveis por sua política de migração de "portas abertas", que levou a contratempos políticos para seu partido e a um aumento das tensões sociais na Alemanha. No final do ano passado, Merkel renunciou ao cargo de líder da CDU e anunciou que não tentaria a reeleição como chanceler quando seu mandato terminar em 2021. Sua decisão foi atribuída em parte à sua política de migração.

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