Diplomatas de alto escalão da França e da Alemanha preferem combater as renovadas tensões russo-ucranianas com mais "medidas de construção de confiança", informou o jornal alemão Die Welt nesta quarta-feira.
O jornal, citando suas próprias fontes, escreveu que sanções adicionais não foram incluídas na proposta dos diplomatas. Em vez disso, eles se ofereceram para "continuar os esforços diplomáticos" para resolver a crise e considerar o papel da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na resolução do conflito.
De acordo com o Die Welt, esta abordagem foi manifestada por Berlim e Paris na terça-feira durante uma "reunião secreta" do Comité Político e de Segurança da União Europeia (UE) em Bruxelas.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, pediu à Rússia e à Ucrânia que tentassem a retirada da escala e exibissem a "moderação máxima" para evitar uma crise maior.
Falando ao jornal The Washington Post, o presidente estadunidense Donald Trump disse que, enquanto aguarda um "relatório completo" sobre o incidente, ele pode cancelar as conversas com o líder russo Vladimir Putin na reunião do G20, em Buenos Aires, na Argentina, na sexta-feira.
Provocação da Marinha ucraniana
Em 25 de novembro, 3 navios da Marinha ucraniana – Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu – atravessaram a fronteira da Rússia, violando os artigos 19 e 21 da Convenção da ONU sobre direito marítimo. Os navios entraram na zona aquática temporariamente encerrada e realizaram manobras perigosas durante várias horas sem reagir às exigências das embarcações russas que acompanhavam os navios ucranianos.
Foi tomada a decisão de usar armas. Todos os navios ucranianos foram detidos aproximadamente a 20 km da costa russa e a 50 km do local habitual de passagem dos navios no estreito de Kerch, abaixo da Ponte da Crimeia.
Durante o incidente, 3 militares ucranianos ficaram levemente feridos. Eles receberam assistência médica e não correm risco de morrer. De sua parte, a Rússia abriu um processo criminal por violação da fronteira.
Em 26 de novembro, o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko aprovou a proposta do Conselho de Segurança e Defesa Nacional para introdução da lei marcial no país depois do incidente no estreito de Kerch. A lei marcial entrou em vigor no território ucraniano a partir de 26 de novembro, terminando no dia 25 de janeiro de 2019, de acordo com o decreto.
Ainda é necessária sua aprovação pela Suprema Rada (Parlamento ucraniano).
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)