Para a pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da Noruega, Julie Wilhelmsen, o exercício faz parte de uma nova Guerra Fria entre os EUA e Rússia. Ela ainda afirmou ao jornal Klassekampen que "poucos pensavam que uma nova Guerra Fria se espalharia pelo norte, mas agora está se movendo a uma velocidade recorde, e esse exercício é um sinal disso".
Sendo assim, Wilhelmsen acredita que isso está elevando consideravelmente a tensão entre a Noruega e a Rússia, já que os noruegueses estão permitindo a instalação de soldados americanos pelo seu território. Porém, as tensões não são apenas entre os dois países. A Noruega está enfrentando uma tensão interna, já que políticos noruegueses acreditam que o país esteja violando um banimento imposto em 1949, onde foi determinada a proibição de bases estrangeiras em solo norueguês.
O líder do Partido Vermelho, Bjornar Moxnes, declarou ao jornal Klassekampen que "a Noruega é um país pequeno, nós temos todos os benefícios do mundo, onde conflitos são resolvidos através de diálogo e de órgãos internacionais, como as Nações Unidas, não através de corridas armamentistas".
Diversos protestos estão acontecendo pelo país, inúmeras organizações e partidos políticos estão insatisfeitos com os exercícios da OTAN em solo norueguês. Há quem se refira ao exercício Trident como "lição de subordinação", por seguir as regras norte-americanas, que, por sinal, possuem o maior contingente dos exercícios, contando com 18.500 soldados.
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