Estônia pretende falar com Rússia 'a partir de posição de força', aponta chanceler

CC0 / Exército dos EUA na Europa / Parceiros norte-americanos e estônios treinam em conjunto (foto de arquivo)
Parceiros norte-americanos e estônios treinam em conjunto (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Tallin pretende construir relações com Moscou "a partir de uma posição de força", afirmou o chanceler estoniano, Sven Mikser, em entrevista ao jornal Sydney Morning Herald.

Em particular, o político acusou a Rússia de participar da campanha militar na Ucrânia. 

"Nós vemos como a Rússia desencadeou duas operações militares contra seus vizinhos ao longo da última década: em 2008, contra a Geórgia, e recentemente, contra a Ucrânia. Trata-se de um exemplo muito assustador. Na Europa, no século XXI, você está observando um país que utiliza sem hesitar seu exército para alcançar suas metas políticas", assinalou o senador.

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Mikser frisou que é necessário continuar comunicando com Moscou. Contudo, em sua opinião, é preciso fazê-lo "a partir de uma posição de força, unidade e firmeza", argumentando que qualquer sinal de hesitação seria considerado pelo Kremlin como "fraqueza a ser aproveitada".

De acordo com a edição, a Rússia qualifica como provocação as manobras da OTAN perto de suas fronteiras, bem como o posicionamento de tropas da aliança no flanco leste. 

Por sua vez, o chanceler estoniano não concordou com essa opinião, argumentando que "as ações da OTAN não levam ao agravamento da situação, e que elas buscam a paz".

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Além disso, Mikser confessou ter dúvidas quanto à não participação da Rússia no caso Skripal, que envolveu o envenenamento de um ex-espião russo e sua filha no Reino Unido.

"Todos os dias é inventada uma nova versão e a situação fica mais confusa. Isso acontece com tanta frequência que se torna difícil acreditar no acaso", concluiu. 

Para mais, a edição recordou que, em 2007, a Estônia foi atingida por um ciberataque, assinalando que a Rússia pode ter sido responsável por ele.

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