Prefeito da 'capital francesa do terrorismo' pede que governo impeça a jihad de florescer

© REUTERS / Benoit TessierPolícia investiga o lugar do ataque, onde soldados franceses foram atropelados por um veículo no subúrbio parisiense de Levallois-Perret, França, 9 de agosto de 2017
Polícia investiga o lugar do ataque, onde soldados franceses foram atropelados por um veículo no subúrbio parisiense de Levallois-Perret, França, 9 de agosto de 2017 - Sputnik Brasil
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O prefeito da Lunel, uma cidade do sul da França, que se tornou um símbolo do fervor jihadista, pediu ao governo que reprima a "comunidade muçulmana radicalizada" de florescer em sua cidade.

O jornal France Bleu, que foi o primeiro a obter a carta do prefeito Claude Arnaud, reproduziu a fala dele:

"Eu solenemente apelo ao Estado para impedir que os movimentos islâmicos fundamentalistas floresçam livremente em Lunel". Ele prosseguiu dizendo que a cidade foi vítima dos efeitos do islamismo radical, "a porta de entrada" do terrorismo islâmico.

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Lunel, uma cidade de 26 mil pessoas na costa do Mediterrâneo, tem sido continuamente mencionada na mídia como a "capital jihadista", depois que um grupo de cinco cidadãos enviados à Síria para lutar pela Frente Nusra foi julgado por acusações de conspiração terroristas. Entre os 20 jihadistas que se acredita terem sido fornecidos à Síria em 2013 e 2014, oito foram supostamente mortos e outros sete estão desaparecidos no país.

O prefeito disse que Lunel havia atraído os holofotes da imprensa na sequência do notório processo judicial e classificou a cobertura do caso como "um verdadeiro massacre da mídia".

Alguns veículos compararam a "cidade da jihad" em solo francês a Molenbeek, nos arredores de Bruxelas, onde vários pistoleiros e homens-bomba por trás dos ataques de Paris em novembro de 2015 e ataques de transporte na Bélgica em 2016 se originaram.

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Este não é o primeiro movimento público realizado pelo prefeito para coibir as associações entre a jihad e o local. No final de março, o prefeito sugeriu que os extremistas que cumpriam sua pena de prisão não teriam o direito de voltar para a cidade. O texto da iniciativa foi posteriormente enviado às autoridades do departamento de Hérault, do qual Lunel faz parte.

Mais de 200 pessoas foram mortas em uma série de ataques terroristas na França desde janeiro de 2015. O ataque mais letal atingiu a França em novembro de 2015, com homens armados e homens-bomba mirando em vários locais parisienses e o estádio Stade de France, no subúrbio de Saint-Denis. O número de mortos subiu para 130, com cerca de 368 pessoas sofrendo ferimentos.

Menos de um ano depois, em 14 de julho de 2016, um caminhão de carga de 19 toneladas foi jogado contra a multidão que estava comemorando o Dia da Bastilha em Nice, deixando 86 pessoas mortas e 434 feridas.

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